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Blue Moon, Uma Canção Além do Seu Tempo 432t49

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Alcides Mandelli Stumpf
Por Alcides Mandelli Stumpf
Foto Rodrigo Finardi

 

Blue Moon está entre as mais belas canções populares de todos os tempos. É uma das músicas mais agradáveis do século XX, linda e divertida.

Composta por Richards Rodgers e Lorenz Hart no ano de 1934, foi cantada pela primeira vez no filme “Manhattan Melodrama”, da MGM, com Clark Gable no papel principal. Sucesso imediato.

Lua Azul ou Blue Moon teve várias ondas de sucesso que se sucederam ao sabor das tendências e modismos das épocas. Porém, surge renovada de tempos em tempos, e por sua beleza, desafia o próprio tempo.

A linda balada, pode ser considerada como referência e prenúncio de uma magnífica era dourada dos musicais americanos, que chegaram ao apogeu na década de 1950.

Ponteou as paradas musicais em 1949, nas versões de Billy Eckstine e Mel Tormé. Ressurgiu de forma marcante nas vozes do grupo The Marcels, alcançando o topo da Bilboard 100 em 1961.

Ao longo dos anos, consagrada como clássico internacional, foi cantada em vários estilos, transitou entre o jazz e o pop. Entre seus grandes intérpretes, encontramos celebridades heterogêneas como Frank Sinatra, Elvis Presley, Ella Fitzgerald, Amália Rodrigues, Billie Holiday, Dean Martin, Cindi Lauper, Bob Dillan, Rod Stewart, Eric Clapton entre outras, e conjuntos famosos como The Platters e The Beatles.

Convenhamos que não é pouca coisa.

O tema romântico virou letreiro de motel, hino do Manchester City, abertura de novela, perfume feminino, marca de cerveja, além de alisante de cabelos e unhas postiças. Indiscutivelmente insinuante, leve, dançante e amorosa.

A letra é simples e o embalo é contagiante, mesmo para os mais avessos e arrevesados dançarinos de bailes ou boates mais antigas. Sou testemunha viva do fato.

Bem verdade, não sei por que resolvi iniciar o ano de 2022 com essa crônica musical. Talvez seja pela falta de felicidade que está para o espírito pandêmico como falta de ar para o corpo físico com a doença chinesa. Sei lá. Não tenho explicação.

Só sei que é simples, de bom alento e bom presságio, iniciar mais um período gregoriano desta vida - que já se vai longa e cansada - com a suavidade e alegria contagiantes de Blue Moon, uma canção além do seu tempo.

Talvez a linda música tenha surgido em minha mente em tempos de Covid-19 porque a primeira parte trata de uma espécie de oração em situação de desamparo, um tanto melosa, tristonha, enternecedora. Já a segunda, mais solta, vivaz e saltitante, traz o prazer do júbilo pela prece atendida.

Deixo para contentamento dos amigos leitores e leitoras os versos finais, muito singelos, que dizem assim:

Lua Azul

Agora não estou mais sozinho

Sem um sonho em meu coração

Sem um amor para chamar de meu.

 

Blue Moon
Now I'm no longer alone
Without a dream in my heart
Without a love of my own.

 

De tudo isso resta a certeza que boas músicas e más pandemias desaparecem e retornam no andar do tempo. E, logo, logo, não estaremos mais sozinhos: seguiremos vida afora com nossos amores em busca de nossos sonhos.

Médico,

Membro da Academia Erechinense de Letras,

Vice-presidente da A.A. da Biblioteca Pública do RS.

 

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