Como reconhecer um falso profeta?
(Continuação)
Acrescenta Richard Simonetti que, para identificar um falso profeta, basta observar os exemplos do Cristo que, exaltava o respeito e a bondade aos outros, trazendo um ensinamento calcado na valorização das questões espirituais, no “...permanente espírito de sacrifício a favor do semelhante”.
Ao refletirmos sobre isso, percebemos que, ao longo dos anos, muitos tem falado em nome do Mestre, “mas raros foram seus representantes legítimos”. (SIMONETTI, Richard. A Voz do Monte.10ª Ed. Brasília (DF):FEB;2020. Cap. 36)
E hoje, alerta Simonetti, época em que eclode a mediunidade em todos os recantos sociais e em todas as religiões, muito maior a probabilidade dos falsos profetas se confundirem com os bons profetas (nesse caso, leia-se médiuns).
Continua atual, portanto, a recomendação do Divino Mestre.
Identificaremos os verdadeiros “intérpretes da Espiritualidade Maior pelos frutos que oferecem”.
Grandes Prodígios
Como alertava Jesus, esses falsos profetas até “darão grande sinais e prodígios, de sorte a enganar, se possível, até os escolhidos.” (Mateus, 24:24-25)
“Meus bem-amados, não creiais em todo Espírito, mas provai se os Espíritos são de Deus, porque muitos falsos profetas já se têm levantado no mundo”. (João, 1ª Epístola, 4:1)
Verdadeiro caráter do Profeta
Qual o caráter do verdadeiro profeta? (KARDEC, Allan. Trad. Guillon Ribeiro. O Livro dos Espíritos, q.624).
“O verdadeiro profeta é um homem de bem, inspirado por Deus. Podeis reconhecê-lo pelas suas palavras e pelos seus atos. Impossível é que Deus se sirva da boca do mentiroso para ensinar a verdade”.
Os bons Espíritos não dizem coisas vãs, não usam de meios ou nomes pomposos.
Bons Espíritos sempre se manifestam usando uma linguagem elevada. Não usam palavras chulas, gírias, não contam piadas, não fazem ameaças, não impõe, não preveem o futuro.
Como diz Kardec, o mestre, ante seus alunos, deve se destacar pelo respeito que demonstra, pelo saber. “Saber mais do que o discípulo” para fazer com “que a Humanidade avance moralmente e intelectualmente”. Para isso, “são precisos homens superiores em inteligência e em moralidade”.
Eis a razão por que “para essas missões, são sempre escolhidos Espíritos já adiantados, que fizeram suas provas em outras existências, visto que, se não fossem superiores ao meio em que têm de atuar, a sua ação seria nula”. Não teriam credibilidade.