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Marcos Leite

Fundamentalismo: o inseticida da humanidade 1f6o10

Por Marcos Vinicius Simon Leite

Não seria um erro pensar que estamos vivendo uma época que até poderíamos batizar de “a era das polaridades”. Nunca antes, em minha tenra existência, presenciei movimentos humanos tão distintos. E se nem as grandes religiões, que avocam a incumbência de lidar com o que é sagrado foram capazes de chegar a um entendimento que preze pela harmonia do pensamento e dos homens, o que dirá das demais ideologias?

A pós modernidade

Vivemos o tempo em que a as polaridades chegaram para ficar. Nosso tecido social está fragmentado e tudo parece ter começado com as religiões. Saíram do fundamentalismo (defesa intransigente de um conjunto de crenças) e adentraram em outras searas. Política, sistemas econômicos e até mesmo orientação sexual. Quem não defende alguma ideologia religiosa, política, econômica ou de gênero, está fadado a ficar sem grupo ou ter de ser abduzido pelos doutrinadores dessas correntes nada filosóficas. A cada dia que a, está mais difícil encontrar humanoides que sejam capazes de dialogar. Até mesmo as pessoas cautelosas, em algum instante, incorrem na perda do juízo e partem para a defesa de suas teses.

Debate social

A sensação que paira é a de que estamos sempre à beira de um ataque de nervos. Não propriamente do nosso sistema nervoso, mas sim daqueles que têm dificuldade em conversar, em encontrar equilíbrio, os tais prós e contras que toda a ideologia tem. Em uma conversa sobre gêneros, por exemplo, se o sujeito é conservador, é logo chamado de homofóbico pelos mais afoitos, o que acaba fazendo muito mal para quem é amoroso. Sim, os homoafetivos são muito mais amorosos (generosos) do que os héteros, mas sempre tem aquele tipo agressivo que põe tudo a perder. Dos dois lados. É assim quando entra o tal fundamentalismo. Também, quando o assunto adentra os campos da política, economia ou religião. E quando se junta tudo isso, é recomendável sair de perto.

As razões

Até aqui, tudo parece ser muito lógico e fácil de concordar. Mas o que estaria por trás de todo esse fundamentalismo, dessa cegueira intelectual, que leva milhares de pessoas a abandonar o censo crítico para se tornar um “seguidor” de alguma ideologia? As respostas podem ser muitas, desde os algorítimos, as pessoas com quem interagimos e a nossa eterna necessidade de ser gregário, de pertencer a algum grupo e viver em sociedade. Sem falar da nossa dependência econômica, que é onde a política se vale para aumentar seus rebanhos e conquistar o poder, em vez de aproveitar a chance de transformar a sociedade. No entanto, o que parece estar em falta, é a capacidade de os seres humanos respeitarem valores fundamentais, a tal integridade (ou a falta dela), que desvenda o caráter de cada pessoa.

Dialética

Se permanecermos assim, perderemos a nossa capacidade de análise. A tal “dialética”, o método pelo qual analisamos os argumentos a partir da contraposição de ideias, num processo de tese, antítese e síntese, para ser um pouco mais técnico. No entanto, para haver “dialética”, cuja origem da palavra significa “partir a razão”, é preciso estar disposto a sair da caixinha, desarmar os pensamentos e abandonar a ideia de sermos seguidores ou idiotas, sem querer ofender. É como partir o pão, quando se precisa saciar a fome. Só quem viveu tempos de guerra sabe o que isso significa.

Exercício

E se o leitor conseguiu chegar até aqui, que tal fazer uma experiência? Que tal tentar conversar com alguém que tem ideias contrárias às suas? Que tal dar ouvidos – e não razão – ao que os outros dizem? Não é preciso abandonar as suas crenças e valores. No entanto, para que se possa entender melhor o funcionamento das pessoas, é importante saber o que elas têm a dizer. Quando conseguimos fazer a escuta com o coração – sem abandonar a razão – simplesmente…evoluímos, quebramos a casca e nos tornamos seres verdadeiramente humanos. Do contrário, seremos como os insetos, uma presa fácil para os fundamentalistas.

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