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Marcos Leite

Jejum – o final 6ll2f

Por Marcos Vinicius Simon Leite

Finalmente encerrei meu jejum. Hoje, vou comentar algumas considerações que são importantes. No entanto, já vou logo avisando, minha quarentena durou trinta e dois dias. Neste período não comi carne e derivados (exceto frutos do mar) nem ingeri bebidas alcoólicas. Mas precisei encerrar antes do esperado. Fazia parte da experiência.

Os propósitos

Quando aceitei o desafio, tinha como objetivo descobrir se eu era de fato um alcoolista, desses que precisa beber todos os dias. Também, queria saber que alterações teria em meu corpo e minha saúde sem a ingestão de carnes e álcool. Por fim, desejava saber se lograria algumas melhorias na qualidade do sono, na memória dos sonhos entre outros pontos que haveriam de ser posivitos com a vida espiritual.

Os resultados do corpo

Do ponto de vista da saúde a experiência não foi boa. Nos primeiros dias tive um travamento de coluna, mas sei que isso não tem nada a ver com o jejum. De qualquer jeito, para que a medicação tivesse efeito, teria de parar com a bebida igualmente. Também, não perdi uma grama sequer de minha massa corporal. Nada. Significa dizer que, em termos calóricos, meu estilo de vida anterior manteve-se o mesmo. Do ponto de vista intestinal, diria que piorei muito neste período, conforme já comentei nas colunas anteriores. Embora tenha ingerido mais peixes e frutos do mar, meus intestinos ficaram ainda mais preguiçosos. Neste sentido, em um mês, o jejum não se justificaria.

Os resultados da mente e do espírito

Neste aspecto, fiquei deveras frustrado com a experiência. Acreditava que estaria mais leve e melhor. Infelizmente, não notei nenhuma melhora significativa por conta do jejum. Diria até que, tirando a ingesta de bebidas, que sempre causa alguma letargia, me sentia melhor antes do jejum. Nos sonhos sim, notei que melhorou minha memória, mas não o suficiente ou algo que pudesse destacar como relevante. Na vida espiritual também não notei diferenças. Até diminuiu minha criatividade. Mantive as mesmas alterações de humor de antes e, em algumas ocasiões, até me senti mais afetado, mas nada que pudesse ser atribuído à abstinência. Talvez fossem meus amigos em espírito, sedentos em beber do éter do meu alcoolismo. Se deram mal.

Mensagem

Cada pessoa é única. Confesso que saio frustrado desse jejum. Gostaria de poder contar aos quatro ventos sobre as vantagens de viver sem carnes e sem álcool, especialmente para as pessoas que querem parar de beber. Das carnes já não sentia muita atração, considerando que comer peixes, para o meu gosto, é mais aprazível. Porém, do álcool saio melhor. No primeiro copo depois da abstinência, senti uma certa culpa. Uma voz interior me perguntava: queres mesmo? Será que é preciso? Ao ingerir, senti que o prazer da bebida foi um pouco constrangedor, como se estivesse fazendo algo de errado comigo. Foi um copo só, de vinho verde, de baixa graduação alcoólica, na hora do almoço e voltei ao meu suco de maçã. À noite sim, me rendi sem culpa à cerveja, que não me causou nenhum desconforto, físico ou mental. Foi bom, mais pelo sabor do que pelo efeito, que não cheguei a sentir.

Aprendizado

Saio desta experiência feliz ao reconhecer que não existem receitas prontas. Como já disse, cada pessoa é única. Neste período realizei que todo e qualquer sacrifício só é válido diante de um propósito, um sentido. Fazer jejum por fazer seria um porre, com o perdão da incoerência. Mas sim, daqui em diante vou beber a minha cervejinha, meu vinho português, mas não mais como antes. Para quem estava acostumado a beber todos os dias, tive um grande aprendizado: resistir à primeira vontade faz toda a diferença. Sobre as carnes, vou alinhar meu pensamento para viver sem, com aquela pegada sobre a exploração animal, mas sem aquela paranóia de querer mudar o mundo e as pessoas. Um dia de cada vez, um o de cada vez, porque cada pessoa é única.

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