O divã 27e2l
Muitas vezes, o comportamento humano esconde certas coisas. Por vivermos em sociedade, certas linhas de pensamento conduzem à atitudes diferentes da nossa essência. Aos olhos da crítica, quando alguém conhecido ou famoso toma uma atitude estranha, já vem logo a opinião pública a comentar. Mas há uma ciência por trás disso tudo e que é capaz de explicar o que parece inexplicável.
Psicanálise
Diz a doutrina Freudiana que tudo o que reprimimos fica registrado em nosso inconsciente. Os estudos formulados por Freud dão conta de que os comportamentos acabam por reproduzir aquilo que está gravado em nosso inconsciente. Vejamos o caso do presidente. A construção da Rodovia para a COP30, em muito nos faz lembrar a Transamazônica. Uma obra que entrou para a História como prova de rejeição da própria natureza, que acabou por engolir aquela estrada. Mas eram outros tempos, quando mal sabíamos sobre impacto ambiental. Mesmo assim, o governo propõe repetir o mesmo erro. De tanto reprimir os militares, poderíamos pensar que está ocorrendo uma manifestação do inconsciente neste projeto. Uma agressão injustificada ao meio ambiente, valor tão defendido pelo atual governo.
Contrariar a ciência
ado mais de meio século da construção da Transamazônica, muitos avanços foram alcançados na ecologia enquanto ciência. Com esta iniciativa – de desmatar a Amazônia para construir uma estrada -, a justificativa de permitir o o à uma conferência sobre o clima toma ares de disparate. Dá margens para se pensar as piores coisas sobre o governo. Que intenções estariam por trás desta obra? Conhecendo o ado de lutas da esquerda pela preservação da Amazônia, este projeto reveste-se de incompreensões, a típica situação em que somente a psicanálise seria capaz de explicar.
A vida e a arte
Se a obra requer engenheiros, que tal lembrar Os Engenheiros do Hawaí? Na canção “Infinita Highway”, de 1987, cantavam versos bem apropriados. Prestemos atenção em alguns deles. Quem hoje seria capaz de dizer algo como: “você me faz, correr demais, os riscos dessa highway” em um Brasil “tão confuso quanto a América Central”? Afinal, “não adianta mesmo ser livre, se tanta gente vive, sem ter com o que viver”. Por que será que “eu vejo o horizonte trêmulo e tenho os olhos úmidos”? Triste é saber que “a dúvida é o preço da pureza” e que no Brasil já “é inútil ter ceteza”. Então, que tal “fazermos um pacto, de não usar a highway pra causar impacto”?