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Marcos Leite

As crônicas que eu perdi 5d6j5

Por Marcos Vinicius Simon Leite

O que se a comigo certamente acontece com o leitor. A todo o momento temos um pensamento, uma lembrança ou mesmo uma ideia. De uma hora para outra nosso corpo parece nos sinalizar de que se trata de algo importante. Mesmo assim, ados alguns instantes, a tal boa ideia parece ter sido sugada, fugida ou mesmo evaporada de nossa consciência.

Miguel Esteves Cardoso

Aqui em Portugal costumo ler semanalmente as crônicas desse escritor. Seu estilo de escrita me atrai. É como se víssemos a vida da mesma maneira, com esse mesmo olhar. Foi por isso que comprei o livro “Como Escrever”, que devorei em poucos dias. Nesta obra, MEC, como gosta de ser chamado, dá várias dicas para quem gosta ou quer escrever. Uma delas, talvez a mais importante, é anotar tudo o que se a. Assim, não somos traídos por nossa consciência. Desde então, aproveito que estou com meu celular sempre em volta e envio uma mensagem para mim mesmo. “Notes to me”, como bem faz o nosso amigo Neivo Zago.

O assunto

Mas voltemos ao ponto. Acredito que o mesmo que se a com o escritor, também acomete às demais pessoas. Nesse mundo de muitas palavras, de gigantesca informação a nos atormentar por todo o lado, há inúmeros fatores a nos embaralhar a consciência. O resultado disso é que nossa memória vai acumulando tanto lixo ou informação desnecessária que acabamos por destreinar nossa capacidade de concentração, atenção e retenção daquilo que realmente importa. Anotar nunca foi tão fundamental. É como se experenciássemos um pouco do Mal de Alzheimer a cada dia, mesmo sem dele padecer.

Memória

Meus amigos sempre iraram minha capacidade de reter memórias. Mesmo assim, já sinto que não tenho mais a mesma habilidade de outrora. Agora, nesta fase em que se é velho quando se pensa estar jovem ou, quando somos realmente mais jovens em relação aos que estão jovens há mais tempo, um mundo de incertezas nos ronda os pensamentos. Imaginar que se pode perder a memória transforma-se num fantasma. Uma plausível realidade que, para o bem da verdade, é melhor esquecer. Quem não tem fantasmas na vida? Quem nunca protelou certas coisas, sabendo, intuitivamente, que alguns resultados irão, mais cedo ou mais tarde, acontecer…

Finalmente

E como o tema desta crônica são as coisas que não escrevi e, portanto não as lembro mais, não há como relembrar e escrever. Nossa mente é realmente fascinante. Somos uma espécie de filmadora sem fim. Algumas cenas vão de sobrepondo a outras e memórias tão facilmente íveis são arrastadas para o nosso inconsciente. É nos sonhos, o momento em que perdemos as amarras, o juízo e as distrações que nos despertam,  quando os lampejos da memória fluem com mais facilidade. Nesse mundo louco em que vivemos, sonhar acaba por ser a melhor de nossas intimidades. Lá tudo pode, tudo se lembra. Por mais atrapalhados que sejam os nossos sonhos, é nesse encontro com o nosso veradeiro espírito que podemos lembrar de tudo livremente. Porque tudo lá está, gravado no espírito. A vida de desperto, por certo, deve ser feita para esquecer.

 

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