A onda Reborn está demais.
Sério, me divirto com a imbecilidade humana. Creche, psicólogo, hospital, parto. Cara, cê tá de sacanagem. Tem uns bebês de silicone que parecem mais reais que recém-nascido (depois de 12 horas de parto, com filtro).
Já tem gente por aí organizando aniversário, primeira eucaristia Reborn, levando o bonequinho ao psicólogo infantil (“ele não chora, doutora, mas acho que reprime as emoções”) e até tentando matriculá-lo em escolinha (“ele é quietinho, mas muito observador”).
A que ponto chegamos? Seria mais lógico criar fontes de receita com essa “patologia” ou tratar essas pessoas? Acho que começou com o Pinóquio. Seriam traumas de pais ausentes ou recalques?
E se é pra surfar nessa onda, que venham as inovações úteis.
Pet Reborn: não late, não morde, não caga no tapete da sala. Zero ração, zero pet shop e, o melhor, não precisa explicar pra criança pra onde ele foi quando “virou uma estrelinha” (até alguém inventar o veterinário Reborn).
E por que parar por aí?
Conselho Reborn. Isso mesmo, podíamos chamar de Reboard (perdão pelo infame trocadilho). Vem em caixa de acrílico, com terninho de feltro e planilha impressa em papel reciclado. O melhor: não fala merda, não atrapalha a gestão e nunca pede presença na ata. Fica quietinho, só balançando a cabeça com cara de “aprovado com ressalvas”.
A revolução Reborn é o futuro, meus caros. Em breve, CEO Reborn, com frases prontas tipo “estamos pivotando o core business” e “precisamos escalar a cultura”. Só falta inventarem o auditor Reborn, esse sim seria uma bênção: só observa, não pede documento extra e assina o parecer sem olhar.
E assim seguimos, renascendo a cada tendência.