A vida nova e a casa comum 3v2c6t
Estimados diocesanos!
É com alegria que celebramos a Páscoa da ressurreição do Senhor Jesus, neste Ano Santo do Jubileu da Misericórdia. A Páscoa do Senhor e a misericórdia do Pai nos falam de vida, de esperança e de eternidade. Mesmo diante de uma realidade na qual são visíveis os sinais de morte que atingem a vida de irmãos e irmãs que procuram viver em paz ou que fogem da violência e buscam desesperadamente um lugar para viver a vida com a dignidade que ela merece.
No conflito entre a vida e a morte, muitos lutam e se envolvem em ações para proteger a vida, não só a própria, mas também a dos irmãos, a vida do nosso planeta, a mãe terra, a nossa Casa Comum. Defender e proteger a vida significa sair do nosso pequeno mundo, marcado muitas vezes pela indiferença em relação ao que está ao nosso redor, e nos envolvermos na defesa da vida e da dignidade das pessoas, principalmente dos mais fragilizados, presentes na nossa realidade e em todas as realidades do mundo.
Comprometer-se com a vida significa assumir um compromisso de amor como fez o Senhor Jesus, pois o amor tem a capacidade de transformar os sinais de morte em vida, vida nova. E nós somos chamados, como cristãos, pela fé, a vivermos e testemunharmos esta vida nova, marcada pela presença do Senhor Jesus, morto na cruz, mas ressuscitado, vivo e presente no meio de nós. Sem a ressurreição de Cristo, não existe cristianismo. Ela é o específico irrenunciável e insubstituível do cristianismo e sobre este fato se fundamenta a nossa fé.
Portanto, quero convidá-los, meus irmãos e irmãs, para celebrarmos a Páscoa marcada pela vida, pela alegria que nasce não do encontro com o túmulo vazio, mas com o Senhor vivo e ressuscitado, presente na nossa vida. Precisamos testemunhar, com a nossa fé, que somos novas criaturas, cujos olhos e ouvidos puderam ver e ouvir, pela graça de Deus, a luz desta grande verdade: o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos e a morte não tem mais o poder sobre a vida. A eternidade na casa do Pai está ao alcance de todos nós.
De coração desejo uma Santa Páscoa a todos.
Dom José Gislon
Bispo diocesano de Erechim