Sacerdote e vocação 1q425v
Estimados Diocesanos! Neste mês de agosto, mês vocacional, a Igreja, com carinho e amor de mãe, lembra, reza e agradece a Deus por todos os seus filhos e filhas, que, sentindo o chamado do Senhor da messe e as necessidades do povo, respondem com um "sim" generoso, colocando-se a serviço do Reino, com disponibilidade e espírito de serviço. E isto nos ministérios ordenados, na vida consagrada, nas novas comunidades e como leigos e leigas exercendo os vários ministérios que dão vida às nossas comunidades e nos seus compromissos na sociedade.
Neste primeiro domingo do mês de agosto, gostaria de lembrar a vocação sacerdotal. A história de cada vocação sacerdotal, como, aliás, de qualquer vocação cristã, é a história de um inefável diálogo entre Deus e o ser humano, entre o amor de Deus que chama e a liberdade da pessoa que, no amor, lhe responde. Estes dois aspectos indissociáveis da vocação, o dom gratuito de Deus e a liberdade responsável de quem é chamado, emergem de modo tão extraordinário quanto eficaz das brevíssimas palavras com as quais o evangelista Marcos apresenta a vocação dos doze: Jesus "subiu depois ao monte, chamou a si aqueles que quis e eles foram ter com Ele" (Mc 3,13). De um lado está a decisão absolutamente livre de Jesus, do outro o "ir" dos doze, ou seja, o "seguir" Jesus (Pastores dado vobis).
Seguir Jesus significa viver em profunda comunhão com Ele, através da oração. Tendo presente a própria vida e missão, o povo de Deus, ter amor e compaixão pelos que padecem, tempo para curar as feridas da alma com o bálsamo da misericórdia. Lembrando que os sacerdotes santos são pecadores perdoados e instrumentos de perdão, nos recorda o Papa Francisco, são seres nas mãos de alguém que sempre cumpre com suas promessas e essa consciência cresce com a caridade pastoral com a qual cercam de atenção as pessoas que lhes são confiadas, chegando a conhecê-las uma por uma.
Poderíamos dizer que o sacerdote é por vocação um homem de oração, promotor da paz, da caridade, da misericórdia, enfim, homem de Deus. Mas tudo isso vai acontecer na sua vida se o Senhor Jesus tiver a primazia sobre tudo; se deixar a graça de Deus agir no seu coração e conduzir a sua vocação.
Agradeço ao Senhor pelos nossos sacerdotes, que com amor e misericórdia, vivem a vocação no ministério junto ao nosso querido povo de Deus.
Tende todos um bom domingo.
Dom José Gislon