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Quando o cinema vira arte, magia e ferramenta de trabalho m1dz

Cinegrafista erechinense relata sua paixão sobre levar histórias de vida e documentários às mais diversas telas

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Por Carlos Silveira
Foto Arquivo pessoal

A história do cinema é uma jornada fascinante que combina arte, tecnologia e cultura. Ela começa no final do século XIX e se transforma ao longo do tempo, influenciada por avanços técnicos, movimentos artísticos e mudanças sociais.

 O cinema nasceu da fotografia e das experiências com imagens em movimento. Os irmãos Lumière, na França, são creditados com a primeira exibição pública de um filme em 1895 com o cinematógrafo. Seus filmes eram curtos, documentais, e mostravam cenas do cotidiano, como A Chegada do Trem à Estação.

Nos primeiros 30 anos, o cinema era mudo e em preto e branco. Atores usavam gestos exagerados, e placas com texto (intertítulos) explicavam os diálogos. Grandes nomes como Charlie Chaplin, Buster Keaton e Georges Méliès (que trouxe elementos de fantasia, como em Viagem à Lua, 1902) marcaram essa fase.

 Em 1927, o filme O Cantor de Jazz marcou a transição para o cinema sonoro. Isso revolucionou a indústria, criando novos gêneros como o musical e tornando obsoletos muitos artistas do cinema mudo.

Era de Ouro de Hollywood (1930–1950)

 Nesse período, os grandes estúdios dos EUA (como MGM, Warner Bros, Paramount) dominaram o mercado com estrelas como Humphrey Bogart, Katharine Hepburn e diretores como Alfred Hitchcock. Surgiram clássicos como ...E o Vento Levou (1939) e Casablanca (1942).

O Pós-Guerra e o Neorrealismo

 Na Itália, surgiu o neorrealismo italiano, com diretores como Vittorio De Sica (Ladrões de Bicicleta) e Roberto Rossellini, que mostravam a vida real, com atores não-profissionais e cenários naturais.

Cinema de Autor (1960–1980)

 Nos anos 1960 e 70, diretores como Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, Steven Spielberg e George Lucas transformaram o cinema americano. Filmes como O Poderoso Chefão, Taxi Driver, Tubarão e Star Wars marcaram época. Foi também um período em que o cinema europeu, japonês e brasileiro ganharam destaque com movimentos como a Nouvelle Vague e o Cinema Novo.

Computação Gráfica (1980–2000)

 Filmes de grande orçamento dominaram o mercado. Com a evolução da computação gráfica, surgiram clássicos como Jurassic Park (1993) e Matrix (1999). Estúdios como a Pixar revolucionaram a animação com Toy Story (1995).

         Nesta trajetória o cinema nacional também surgiu, cresceu e hoje temos Oscar de Melhor Filme Estrangeiro com o filme Ainda estou aqui, sem citarmos uma enorme lista de sucessos nacionais que fizeram o maior sucesso local e internacional. Sim, somos referência.

Erechim

         Quando falamos sobre cinema, também devemos olhar para o quintal de nossa casa, ou seja, pessoas que deram os primeiros os para a arte do cinema, seja em curtas ou documentários. Aos poucos, através de leis de incentivos e de auxílio de patrocinadores várias obras foram desenvolvidas ao longo dos últimos anos e tiveram enorme relevância história e cultural, como seus diretores.

         Entre os apaixonados pela arte do cinema e com uma juventude pela frente temos Higor Henz Antunes, 21 anos, cinegrafista de profissão, fotógrafo e videomaker, além de  colaborador do Grupo Bom Dia de Comunicação e profissional na área em que atua na filmagem de diversos curtas produzidos em Erechim e região do Alto Uruguai com diversos cursos já realizados para aprimorar ainda mais a sua técnica.

         Mas, como tudo tem um ponto de partida, Higor garante que o gosto pela arte vem desde criança. “Sempre gostei muito da arte, desde desenho, pintura, dança, patinação, fotografia. Sempre estive envolto nesse meio e conforme fui crescendo comecei a estudar fotografia, composições, direção de arte, cheguei a fazer uns projetos independentes de cinema, inclusive na faculdade de Direito onde fiz um curta metragem sobre o caso “Maurizio Gucci”.

 O estopim, garante ele, foi quando viu uma seleção para projeto de curta metragem “Campo Pequeno”,  que acabou não ando nas aprovações da lei Paulo Gustavo, porém a mesma empresa acabou lhe contratando para outros dois curtas, que dali iniciaram uma nova fase em sua vida, “transformar tudo aquilo que sempre gostei no meu ganha pão”.

Escolha da profissão

Sobre os motivos que o levaram a  escolher a profissão de cinegrafista, Higor ressalta que sempre gostou de fotografia e equipamentos, “de trabalhar com as câmeras, transformar um projeto que está no papel em realidade, uma experiência gratificante, quando se é o cinegrafista e entender que por trás de um ator, diretor, diretor de arte, diretor de fotografia, figurinista, maquiador, o que transforma todo um projeto em algo palpável de se irar é o cinegrafista”, garante.

 O primeiro projeto que participou foi o curta-metragem da Z97 Filmes, “Amor Fantasma” com o personagem Javier encenado pelo ator Gabriel Vivan que faz o Rei Davi na série “Reis” da Record TV. “Participar de uma produção de cinema pela primeira vez foi algo incrível, pensar que até a bagunça era meticulosamente pensada por um diretor de arte para manter a continuidade de cenas gravadas em tempos diferentes. Era algo impensável pelo Higor telespectador, mas lá em meio a tantas luzes e -CORTA! me fez falar para mim mesmo “Quero trabalhar com isso”.

Inspirações

Com relação as inspirações para seguir carreira, pontua que houveram alguns filmes e cenas que o inspiraram profundamente a seguir a carreira no audiovisual, especialmente na área de fotografia. “Ainda Estou Aqui, do Walter Salles, me tocou pela forma como a imagem carrega memória e resistência. Já Brilho Eterno de uma Mente sem Lembrança foi uma virada de chave.

 O uso da fotografia para representar memórias fragmentadas, sonhos e emoções instáveis me mostrou que não existe limite para a linguagem visual. Ali, a câmera é quase uma extensão da mente dos personagens. E Duna, com seu visual épico e atmosfera opressora, me fez entender o quanto a escala, a textura e a luz podem criar mundos inteiros.

 A fotografia do Greig Fraser ali é monumental, e ao mesmo tempo muito sensível. Esses filmes, cada um do seu jeito, acenderam em mim a vontade de contar histórias com a câmera, não só como ferramenta técnica, mas como linguagem emocional e poética”, garante.

Com relação a rua rotina no dia a dia de trabalho, Higor trabalha no Jornal Bom Dia e participa de projetos independentes pela empresa Z97, “a rotina é algo muito variável, no cinema dependemos da disponibilidade de locações, equipe, elenco, algumas vezes de clima, no geral são muito parecidos.

Diferenças

Acredito que a maior diferença de um cinegrafista jornalístico para um cinegrafista de cinema é a emoção que amos para as pessoas, no cinema cativamos as pessoas com emoções e a composição é muito importante, seja de trocar de plano aberto para plano fechado, utilizar de cores frias para ar uma sensação de melancolia, trazer estímulos visuais que fazem o telespectador sentir as sensações do personagem e em uma entrevista ou matéria, precisamos fazer com que o telespectador compreenda e absorva as informações citadas pelo jornalista ou entrevistado, para isso usamos o ritmo de edição, onde as cenas caminham de acordo com as falas e o mais limpas possíveis, que o telespectador entenda de forma clara as informações”.

Com relação a projetos que gosta de participar, Higor ressalta que até então, a maior parte dos projetos que participou eram curtas metragens, mas espera um dia poder participar de longas metragens e documentários. “Acabei criando um apreço pelo jornalismo, que me fez gostar muito de documentários”.

Legenda: Higor Henz Antunes

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