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O perigo do uso indiscriminado de medicamentos 7441e

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Medicamentos
Por Arthur de Cezaro, Kauana Gabriely Bertuzzi, Priscila Arsego e Rafaela Zucco, do 5º semestre do Curso Farmácia da URI, da disciplina de Cuidado Farmacêutico B, ministrada pela professora Juliana Roman
Foto Divulgação

Ações educativas realizadas durante a III Semana do Uso Racional de Medicamentos alertam sobre os riscos da automedicação e reforçam o papel do farmacêutico na promoção da saúde. 

O mês de maio marca uma mobilização fundamental para a saúde pública: a promoção do uso racional de medicamentos. Em sintonia com essa pauta, a URI Erechim, por meio do curso de Farmácia, está realizando uma série de ações educativas abertas à comunidade, com o objetivo de orientar a população sobre os perigos do uso inadequado de medicamentos, a importância de seguir corretamente os tratamentos prescritos e também o papel fundamental do farmacêutico na promoção do uso seguro e responsável dos fármacos.

A mobilização no estado do Rio Grande do Sul é respaldada pela Lei Estadual nº 14.627, sancionada em 15 de dezembro de 2014, que institui a Semana Estadual do Uso Racional de Medicamentos, celebrada anualmente entre os dias 5 e 11 de maio. A proposta da lei é promover ações educativas em unidades de saúde, escolas e universidades, com o intuito de prevenir práticas inadequadas e ampliar o o à informação correta sobre o uso de medicamentos. 

Apesar de fazer parte do cotidiano de milhões de brasileiros, o uso de medicamentos ainda é frequentemente marcado por erros que colocam a saúde em risco. O conceito de uso racional se refere à utilização do medicamento certo, na dose correta, pelo tempo adequado e com a devida orientação profissional, assegurando a eficácia do tratamento e a segurança do paciente.

Um dos erros mais comuns e perigosos é o fracionamento de comprimidos sem indicação. Muitos medicamentos possuem revestimentos que controlam a liberação da substância no organismo. Ao partir os comprimidos, o paciente pode liberar a dose total de uma só vez, elevando o risco de efeitos adversos graves ou comprometendo a eficácia do tratamento. Além disso, o fracionamento inadequado pode resultar em dosagens imprecisas.

Outro hábito arriscado é a automedicação. Interromper tratamentos antes do tempo recomendado, tomar por conta própria, compartilhar medicamentos ou misturar substâncias sem conhecer suas interações pode levar a consequências severas. No Brasil, a intoxicação medicamentosa é uma das principais causas de atendimentos em pronto-socorro. Crianças e idosos são os grupos mais vulneráveis, exigindo cuidados redobrados na istração de medicamentos.

Além dos riscos individuais, o uso inadequado de medicamentos impacta diretamente a saúde pública. Ele contribui para o aumento da resistência bacteriana, dificulta o controle de infecções, gera desperdício de recursos e eleva os custos com internações. Seguir corretamente as prescrições médicas e farmacêuticas, portanto, é também um ato de responsabilidade coletiva.

As redes sociais têm desempenhado um papel preocupante na banalização e no desvio de finalidade do uso de medicamentos, influenciando principalmente jovens e adolescentes. Em plataformas como TikTok, Instagram e YouTube, é crescente o número de conteúdos que promovem o uso de medicamentos como se fossem drogas recreativas ou estimulantes, sem qualquer respaldo médico. Medicamentos originalmente indicados para disfunção erétil, vêm sendo utilizados em desafios virais por pessoas sem necessidade clínica, apenas por curiosidade ou pressão social, o que pode acarretar sérios riscos cardiovasculares e dependência psicológica. Além disso, outras substâncias, como ansiolíticos, antidepressivos e até xaropes para tosse com ação sedativa, têm sido usadas com o intuito de alterar o estado de consciência, imitando efeitos de entorpecentes. Essa tendência, alimentada por influenciadores e vídeos de alta visualização, contribui diretamente para o uso irracional de medicamentos e transforma produtos de saúde em objetos de risco.

A principal orientação dos profissionais de saúde é clara: nunca tome medicamentos sem orientação, siga a posologia e tire dúvidas com um farmacêutico ou outros profissionais de saúde. O conhecimento é a melhor forma de garantir segurança e bons resultados no tratamento.

O uso racional de medicamentos é mais do que uma orientação técnica, é uma necessidade urgente e uma responsabilidade de todos. Cada comprimido tomado da maneira certa representa um o a mais em direção a uma sociedade mais saudável, segura e consciente.

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