A vida na selva seguia tranquila. Até que numa manhã esta tranquilidade foi quebrada por um movimento assustador provocado por grandes máquinas, motosserras, caminhões.
Eram madeireiros cortando as enormes árvores.
Foi uma correria entre os animais moradores; os grandes fugiram para o interior da mata; os pequenos, poucos conseguiram salvar-se. E os invisíveis (sim, também estes têm suas moradas nas florestas), iniciaram a procura por novos hospedeiros, espalhando-se entre os humanos invasores, em mamíferos, em aves.
Enquanto os criminosos ambientais enriquecem com a leniência dos governos, as doenças se espalham destruindo vidas. Enquanto os criminosos ambientais criam doenças, os cientistas dedicam suas vidas, seus estudos e pesquisas tentando salvar a humanidade, numa luta, que eu chamo de inglória, pois o poder desses vírus é quase invencível.
E o que nossos maravilhosos e sábios governos têm feito para impedir o avanço desses criminosos que abrem as portas para esses vírus? Até quando conseguiremos resistir aos 7 mil vírus já detectados na Floresta Amazônica?
Este meu desabafo é por ter sido "derrubada" por um desses de nome INFLUENZA, que me impediu de participar da linda festa da Feira do Livro deste ano. Apenas, com muito esforço, consegui lançar meu novo livro no penúltimo dia da Feira – e que, coincidentemente, é sobre o desmatamento de nossas florestas.
Por favor, parem de destruir nossa maravilhosa e rica Floresta Amazônica.
Deixem seus moradores em paz!
Preservem nossa saúde e nossas vidas!