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Opinião 572567

Memórias de viagem 5d2n27

Mar Báltico – Países Escandinavos – Dinamarca – Copenhague – 4

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Marlei Klein
Por Marlei Carmen Reginatto Klein
Foto Marlei Carmen Reginatto Klein

Dinamarca

É um país para ir e voltar sempre, principalmente a sua capital COPENHAGUE. Das inúmeras vezes que lá estive sempre encontrei lugares novos e interessantes sendo no outono ou no seu frio inverno. Primeiro mundo que sempre busca o bem estar do seu povo. Há muitas coisas para lá se fazer e aprender. Embora a língua seja um entrave, pode-se contar com a extrema gentileza de seus moradores, que são bilíngues e até trilíngues – além do dinamarquês, quase toda a população fala inglês.

A atraente Copenhague

O nome “Kobennhavn” revela suas origens: “porto dos comerciantes”. Ela deve sua fortuna aos negócios e ao mar. Antigamente, o pequeno burgo vivia da pesca do arenque. Situada no estreito de Oresund pôde exercer proveitoso controle sobre o tráfego marítimo e teve rápida ascensão tornando-se capital da Dinamarca. O porte majestoso de Copenhague deve muito ao Rei Cristiano IV – o mais famoso monarca - que deu à cidade seus mais belos monumentos. Nos tijolos vermelhos com que foi construído cada um deles, esse rei construtor, que reinou de 1588 a 1648, mandou gravar monogramas para lembrar a divisa real: RFP – Regina Firma Pietas. Essas iniciais entraram na brincadeira do povo criando frases de descontentamento pelos gastos feitos.

Torre redonda - O Rundtärn

Uma das grandes obras de Cristiano IV é um dos mais antigos observatórios astronômicos da Europa e o mais antigo ainda em uso. Situa-se no centro de Copenhague. Sua construção iniciou em 1637 e foi concluída em 1642. É um complexo de torre, igreja e biblioteca planejado para estudar os céus no observatório e orar para os céus na igreja. Já a biblioteca foi usada pela Universidade de Copenhague por cerca de 200 anos, até 1861. Uma espiral de degraus volteia sete vezes e meia no interior do edifício, até o cume. Dali se tem um belo panorama de Copenhague, esculpida por seus lagos e pelos antigos fossos reais, hoje transformados em uma sucessão de jardins verdejantes.

Copenhague vista dos altos

Estando nos últimos andares de um hotel central – um Radisson – perfeitamente se pode ver que a cidade está sobre 3 ilhas – seus monumentos são bem preservados e a região mais atual está concentrada.  Mas ela não deixa de lado a modernidade e as novas exigências da vida atual. Em pleno mar, há uma enorme estação de torres eólicas que buscam a energia.  Sobre distante ilha, uma usina com altas e grandes chaminés expelindo uma fumaça branca.

A usina e sua fumaça branca

Esta é uma central geotérmica que queima o lixo todo que não é reciclável. Dutos condutores, ando por baixo do mar, recebem o lixo recolhido e chegam ao destino. Na grande cidade não são vistos coletores, cestos, caixas, nada para acumular o que sobra. O que existe, são discretos tubos, de cores diferentes, para diversos tipos de resíduos. Estes são colocados no lugar indicado conforme o seu tipo. Abaixo dos tubos, grandes tubos condutores vão levando o lixo até a usina, onde é realizada a triagem. A queima aquece caldeiras para água quente. Esta chega aos lares e é cobrada como nós o fazemos com a água nas nossas torneiras.

Benefício da água quente

Além de servir a população com este grande conforto, canos de cobre am por baixo das calçadas, e com o aquecimento impedem que acumule gelo. Pois, o inverno é muito rigoroso. Observei isso, que mesmo havendo neve, as calçadas não estão cobertas de gelo e não ficam difíceis para se andar. Tudo é muito limpo não se vendo lixo de espécie alguma pelo chão.

No Brasil

Algumas cidades estão buscando adaptar esse sistema de recolhimento de lixo. Até cidades muito próximas da nossa. Seus executivos chegaram à conclusão que o método de contêineres não resolve a contento a coleta do lixo. Basta observar os locais que estão neste sistema: continua a bagunça com o lixo, os coletores estão sempre abarrotados, tudo transbordando, sacolas pelo chão e ao redor. A conteinerização pode ser muito prática, mas necessita de cuidados como: recolhimento do lixo que fica espalhado, limpeza metódica e eficiente dos contêineres, pois estes atraem moscas, baratas e ratos. Pensando bem, não custa sonhar com o que o Primeiro Mundo realiza e nos ensina.

Carlsberg Glyptotek

O maior museu de arte do norte da Europa. Quando os dinamarqueses realizaram a magnífica restauração e expansão de seu mais importante museu buscaram um grande patrocínio. O Ny Carlsberg Glyptotek foi criado pela mundialmente conhecida Cervejaria Carlsberg. Legado ao país há mais de século pelo magnata da cerveja Carl Jacobsen – o mesmo que doou a Pequena Sereia. O Glyptotek tornou-se o maior e mais importante lar de estátuas, mosaicos e artefatos antigos do norte da Europa. Possui uma inigualável coleção de Paul Gauguin, que foi casado, durante um breve período, com uma dinamarquesa. Grandes obras de pintores ses do século XIX- Manet, Monet e Cézanne – e de artistas dinamarqueses. O museu abriga ainda a maior coleção de esculturas de Rodin fora de Paris e um dos três conjuntos completos de bronzes de Dégas. Alguns quadros famosos: “Mulheres tomando banho” de Cézanne - dos impressionistas, estes os meus preferidos.  De Monet: “Pés de limão em Bordiguera” e “Les Pyramides”.

A nova ala do museu

Esta foi aberta em 1996, quando Copenhague foi a Capital Cultural da Europa. Excelente iluminação direta e zenital, arremates decorativos, painéis pintados e magníficos pisos de cerâmica. A ala antiga e a nova são interligadas por um lindo jardim de inverno com cúpula de vidro. Fica muito próximo do Tivoli- do outro lado da rua. Nas quartas e domingos o ingresso é grátis. Nos outros dias, o preço é bem razoável. O Glyptotek foi criado e ainda é mantido pela família da Carlsberg. Um charmoso café está defronte aos belos jardins. Mas é necessária muita paciência para ser atendido, pois está sempre lotado. Mas vale a pena esperar pelo que oferece e pela qualidade de atendimento. Nesta época de Semana Santa, aproveito para desejar uma feliz e Santa Páscoa.

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