No dia 7 de abril, celebramos o Dia do Jornalista, e não pude deixar a data ar em branco. Na minha infância, vivi a época da famosa TV de tubo e ficava intrigado com a presença de Cid Moreira e Sérgio Chapelin – por incrível que pareça, havia jornalistas antes de William Bonner e Fátima Bernardes – que apareciam na minha casa apresentando o telejornal. Nessa época, minha irmã aproveitava para me "trollar", pedindo que eu os procurasse pelos buracos da TV, e lá ia eu. Quanto mais eu procurava, mais ficava curioso. Na verdade, acredito que ali estava sendo plantada a sementinha do jornalismo.
Muitos anos depois, já na faculdade, lembro-me de um professor – um grande mestre, diga-se de agem – que afirmava categoricamente ser o jornalismo a melhor profissão do mundo. Tenho para mim que ele ainda segue disseminando essa verdade. Por vezes, acreditei nessa máxima; outras, duvidei e, sigo nesse ciclo de questionamentos. No entanto, posso afirmar que essa paixão pelo jornalismo, transmitida pelo professor Fábian, é o que mantém essa semente viva. E tenho certeza de que não sou o único.
Não sei se o Jornalismo é, de fato, a melhor profissão do mundo, mas prefiro acreditar que sim. O que tenho certeza é que ele nos oferece inúmeras possibilidades. Através dele, podemos transitar por diversas áreas, conhecer pessoas incríveis e, principalmente, nos deparar com as mais fascinantes histórias.
Vi muitos entrarem na faculdade com o sonho de mudar o mundo, e, de certa forma, talvez eu também faça parte desse grupo. Outros, nem sabiam o que queriam da vida, e dessa turma, alguns desistiram, enquanto outros se encontraram. Muitos continuam na profissão, enquanto outros estão espalhados pelo mundo, cada um contando suas histórias, independentemente do formato.
Quanto a mim, sei que não mudei o mundo. Nem vou mudar, e estou em paz com isso. Mas acredito que, de alguma forma, ajudei pessoas ao levar suas histórias adiante. Ao longo desses quase 11 anos de formado, enfrentei muitas dificuldades e momentos de desânimo, mas, no balanço geral, as alegrias e os motivos para seguir em frente são muito maiores.
As palavras de nosso padrinho, mestre Fábian Chelkanoff, no dia da nossa formatura, ainda reverberam e seguem atemporais: "Esse mesmo mercado, que corta na carne, ele quer aquilo que vocês têm de mais importante, que os diferencia de todos os demais que têm informação nas mãos: a formação. Aquele que nos foi tirado por um canetaço, mas que todos vocês lutaram por vários anos para dizer, para gritar para todo mundo que é fundamental e importante, porque nenhum ministro do alto da sua toga, do alto da sua cadeira vai decidir se nós temos ou não temos que estudar. Azar é deles e a sorte é nossa."
Que todos nós, jornalistas, possamos continuar acreditando que o Jornalismo é, sim, a melhor profissão do mundo, e que, por meio dele, possamos levar adiante a melhor e mais verdadeira informação e contar as histórias que merecem ser ouvidas pelo mundo. E quem falar o contrário? Deixa falar. Azar o deles. Sorte a nossa.
Parabéns a todos os colegas jornalistas!