O nó Górdio
Conta a lenda que Górdio era um carroceiro que atava seus cavalos à carroça com um nó feito com cordas de uma maneira quase impossível de desfazer. Esse homem foi, mais tarde, um dos reis da Frígia, um país da antiga Ásia Menor.
A mediocridade
É um estágio de não-conhecimento que deixa seu portador impossibilitado de agir com inteligência, cultura e visão em qualquer área que atue.
As raposas
Mamífero de pelagem magnífica. Tido como um animal de grande esperteza, bom caçador e comparável a alguns espécimes humanos.
O motivo deste comentário é a educação pública brasileira (mais uma vez).
E o que estes três itens têm a ver com ela?
Eis – o nó Górdio é a nossa educação pública, a qual es conseguiram trancafiar numa carroça atada a um sistema medíocre que está levando a infância (e a juventude) a um caminho de quase analfabetismo. Estamos fazendo uma geração também medíocre, pobre, de terceiro mundo e fácil de entrar para o crime, entre outras situações. Quem governa com mediocridade ou com caquistocracia leva o povo ao mesmo estágio; levando o país ao subdesenvolvimento e à vergonha internacional, e fácil de ser dominado por qualquer ditador.
E aí entram em cena as raposas que, participando desses governos tanto do Executivo, quanto do Legislativo, se locupletam mantendo-se ad aeternum nesses cargos, sem um compromisso responsável para melhorar a vida do seu povo. Pois quanto menos educado e esclarecido é o povo, mais esse povo elege essas raposas.
Portanto, a um governo medíocre não interessa uma educação de qualidade, pois sua capacidade não avalia a importância de uma boa educação para o desenvolvimento do próprio país.
Ao governo de raposas também não há interesse na boa educação, pois colocaria em grande perigo sua permanência na istração pública.
E assim se forma o maldito círculo vicioso que mantém um país à mercê de “ditadores democráticos” – eleitos pelo voto.
Mais um fato trazido pela mãe de uma menina de oito anos, aluna de tradicional escola estadual da cidade – sua filha raramente tem o tal “tema de casa”, tarefa que sempre existiu para completar o aprendizado de sala de aula. Quando há, a dita tarefa, é a nível pré-escolar. Esta mãe está bastante preocupada assim como outras mães da mesma turma.
Vou repetir o que dizem pediatras e neurologistas especialistas em infância e adolescência – “o cérebro em seus primórdios (sabem o que é primórdios?), é um caldeirão em ebulição, pois calcula-se que mais de um milhão de novas conexões neurais se estabeleçam durante os primeiros anos de vida”.
Então, senhores governantes, ministros da educação, professores, educadores, querem esperar a velhice para completar essas maravilhosas conexões da infância?