Países Escandinavos
Há mil anos, impérios surgiram e entraram em decadência de um lado a outro dos mares Báltico e do Norte. Rivalidades políticas, econômicas e militares entre os países escandinavos resultaram em sucessivas guerras e tratados, uniões e separações. No século XI, o monarca viking Svend e seu filho Canuto, o Grande, governaram um reino que incluía Dinamarca, Noruega e Inglaterra. Na Idade Média, a Dinamarca era o poder proeminente no Norte da Europa, exercendo seu domínio sobre Islândia, Groenlândia, Ilhas Faeroe, Jutlândia e Noruega até 1814. Por vários anos, a Suécia controlou a Finlândia, a Polônia e os países bálticos, apoderou-se da coroa norueguesa entre 1814 e 1905. A Suécia e a Dinamarca combateram por 28 vezes pela supremacia do Báltico. Elas pam fim às batalhas, em 1718, com o término da Grande Guerra do Norte.
Dinamarca
Um povo alegre e pacífico convive com a mais antiga monarquia do mundo. Sua língua é estranha, repleta de confluências de consoantes, impronunciáveis. Ainda, que com tal particularidade linguística, os habitantes fazem-se entender por gestos e sorrisos. Sua gente de pele clara, cabelos dourados e olhos azuis, de tradição pensadora, colocam a cultura acima de tudo. No mundo moderno, a ideia de uma linhagem real parece coisa do ado. Mas, por curioso paradoxo, a Dinamarca preserva a sua monarquia.
Dinamarca Capital Copenhague
A capital dinamarquesa é um dos destinos preferidos pelos turistas. Copenhague não é barata. São necessárias de duas a três horas para andar pelo centro antigo. As atrações não ficam muito distantes umas das outras. Uma boa opção é andar de bicicleta. Este é o meio de transporte superutilizado e que tem o uso incentivado pelo governo. 40% dos moradores se deslocam ao trabalho de bicicleta. Mas ela também é usada para todas as atividades cotidianas, como ir à escola, fazer compras e até ir a festas.
Como começar a conhecer a capital
O interessante é começar pela Prefeitura – a Rädhuspladsen – que tem um campanário em estilo italiano. O local fica bem próximo à estação central de ônibus e trens e pertinho dos famosos jardins do Tivoli, construídos em 1843. Seguindo em direção à cidade antiga, fica Stroget, o maior calçadão de lojas da Europa, com 1,1 quilômetro de extensão. Nela encontram-se estabelecimentos de marcas caras e famosas, mas com quiosques de suvenires. Essa rua foi transformada para impedir a agem de veículos, em 1962, virando inspiração para outras cidades do mundo.
Casas coloridas
O principal cartão-postal de Copenhague, Nyhavn, o porto novo, com suas casinhas coloridas, é repleto de bares e restaurantes. Em alguns momentos, tem-se a impressão de que se está em um pequeno vilarejo. Por ser o ponto mais popular da cidade, os preços são elevados, mas nada impede de comprar bebidas e lanches em supermercados próximos - há vários no local – e curtir. Sentar à beira do canal, como os moradores costumam fazer, e ter um belo piquenique. Os restaurantes de hoje nada lembram a antiga reputação do local, construído por soldados, em 1670. A finalidade era possibilitar que navios descarregassem mercadorias no centro da cidade.
Nyhavn
O porto novo ao norte da cidade antiga, nem sempre foi o local agradável da atualidade. Margeado por entrepostos e casas de comerciantes, contava também com bares mal afamados. No século XIX, após o apogeu do porto com as guerras napoleônicas, Nyhavn entrou em declínio, com restaurantes e hotéis de baixo nível, além de bordéis. Frequentados por marinheiros do mundo inteiro. A cerveja era consumida sem limites e as brigas eram constantes. Embora, morassem ali cidadãos mais tranquilos, como Hans Christian Andersen, que viveu ali por mais de vinte anos. Ele é o famoso autor de contos infantis como “A Pequena Sereia” e o “Patinho Feio”.
A pequena sereia
Na baía de Copenhague, sobre um bloco de granito, a Pequena Sereia (Den Lille Havfrue) contempla o mar com um ar sonhador. Essa escultura de bronze, inspirada pelo famoso conto de Andersen, foi criada por Edward Eriksen e oferecida à cidade, em 1913, pelo fabricante de cerveja Carl Jacobsen, fundador da cervejaria Carlsberg. A estátua é o símbolo da cidade, ela encarna a paixão dos dinamarqueses pelo mar. Em tamanho natural, ela surpreende, às vezes, os turistas, que esperam ver um monumento do tamanho da Estátua da Liberdade, em Nova York. Ela é pequena, pois os dinamarqueses mantêm o sentido da medida e da discrição. A que está em exposição não é a original, esta é guardada para evitar depredações.
eios de barco
Do canal de Nyhavn saem dali pequenos cruzeiros para um eio de mais ou menos uma hora. Ele a pela Ópera House, o Palácio Amalienborg, a impressionante Biblioteca Black Diamond e pela Pequena Sereia. Acontece uma parada na Christianshavns Torv, uma linda praça no centro da área do porto.
Conclusão
Hoje, Nyhavn tornou-se o bairro da moda, o ponto de encontro da juventude dinamarquesa. Os bares de marinheiros transformaram-se em restaurantes chiques, galerias de arte ou agências de publicidade. No verão, é difícil conseguir um lugar nas mesas dos cafés colocadas nas calçadas, onde os habitantes se espremem para a descontração e a diversão. Mas, muitos jovens sentam ao redor do canal, no chão, e tudo fica muito divertido. Tudo com comedimento. Gostam de brindar com cerveja e usam copos e taças de VIDRO. Não há, no local, taças ou copos quebrados, nem garrafas vazias. Parece que alguém ou limpando. É a educação de primeiro mundo, onde os turistas, para não arem vergonha, agem da mesma forma.