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Família Palma mantém as raízes e o legado em Memorial 27uz

Encontro ocorrido em Quatro Irmãos reforça trabalho e dedicação do seu idealizador, Nelson Palma

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Por Carlos Silveira
Foto Carlos Silveira

 A história é como a palma de uma mão, tem as suas marcas, o seu desgaste natural e, o mais importante, os seus feitos para si e para um grande número de pessoas, independente se estejam ligados por hereditariedade ou não. O que mais importa são os feitos e os seus resultados.

         E foi um pouco desta história que o Grupo Bom Dia presenciou neste último sábado, 11, no interior do município de Quatro Irmãos, momento em que teve a grande oportunidade de conviver de mais um encontro da Família Palma, na realidade o sexto dentro da história desta grande família.

         À frente da iniciativa está a figura ilustre e muito bem humorada e com uma grande disposição para a vida, de Nelson Palma, 87, diretor fundador do Memorial da Família Palma que se encontra em uma ótima localização onde durante horas a harmonia, o resgate e a satisfação de estar realizando um grande trabalho foi a tônica entre os familiares e convidados presentes, entre estes, o prefeito de Quatro Irmão, João Paulo Balbinot e o presidente da Casa Legislativa.

         Nelson Palma, que tem o jornalismo na veia, morador da Ilha Grande no Rio de Janeiro, saiu cedo de Quatro Irmãos, momento em que aos 18 anos de idade ingressa no Exército Brasileiro e ali seguiu carreira promissora. Hoje Major aposentado, tem uma memória fantástica e debate, à altura, todos os temas atuais, entre eles a inteligência artificial. Em suma, uma figura fantástica que vale a pena sentar-se à mesa e manter horas a fio de conversas que valham a pena.

         Mas, para chegarmos a mais este encontro que reuniu irmãos filhos, netos, descendentes, convidados e amantes da história, um caminho teve que ser percorrido.

Um histórico

         “A minha vida é um histórico gigantesco, pois nasci no município de Rio Pardo e vim para Quatro Irmão com três anos de idade e todos os demais irmãos nasceram onde hoje é a sede do Memorial da Família Palma, e quando completei 17, com nove irmãos, comuniquei a meu pai que iria seguir meu caminho e como servir ao Exército é obrigatório, por um ano teria casa e comida”.

          Nelson ressalta que o serviço militar oferecia um monte de oportunidades e profissões gratuitas. “A maioria que vai quer tomar chope, mas quem quiser ser mecânico, contador e outras profissões que estão à disposição é um grande caminho. A minha meta era ser contador e a concretizei, como também iniciei um curso de paraquedismo. Fui promovido a Sargento e nunca vi tanto dinheiro em minha vida. Durante a caminhada realizei muitos cursos até a minha aposentadoria. Conheci o mundo ganhando dinheiro”.

O Memorial

        

         A família Palma tem um histórico de 400 anos e, conforme Nelson Palma, após a construção de uma nova casa junto as terras da família, a que família morava anteriormente sobrou e, para tanto, teve a feliz ideia de transformá-la num local de memória e resgate dos que iniciaram a trajetória dos Palmas que hoje estão espalhados por vários locais do Brasil. A iniciativa edificou um grande marco cultural, principalmente para o município de Quatro Irmãos, região e estado pela sua importância.

         “Nossa árvore genealógica vem desde 1650, e, portanto, resolvemos perpetuar nossas raízes através deste memorial. É um histórico fantástico. Depois que houve a imigração para o Brasil no final do século 17, os italianos foram jogados na serra gaúcha no município de Alfredo Chaves, hoje Veranópolis com poucos equipamentos e o trabalho árduo na roça. As famílias foram crescendo e subiram a serra, vieram para o lado de Erechim no ano de 1908, depois para Jacutinga, Rio Pardo e Quatro Irmãos”.

         Depois de tanta caminhada história desde os patriarcas, Nelson destaca que resolveu perpetuar o ado. Hoje são dez irmãos vivos e bem na vida. Dos dez apenas um ficou na propriedade da qual os demais abriram mãos da herança pelo fato de o mesmo ter cuidado dos pais até o final da vida.

         “Assim se criou o memorial, reformamos a casa, que mantém todos os traços, inclusive com a patente antiga, como também foram construídas outras bem feitorias que valorizam ainda mais este local único. Um dos maiores objetivos é viver em simbiose com todas as demais culturas locais. Realizei palestras para várias culturas em uma única oportunidade e sempre em harmonia”.

         Conforme ele, o município de Quatro Irmãos é o mais heterogêneo em termos de etnias no Rio Grande do Sul e o Memorial representa muito para o município, pois o Poder Legislativo realizou uma Sessão Solene para a família Palma, oportunidade em que foi homenageado e após na Festa do Vinho. “Os Poderes Públicos sempre estão sempre presentes e sempre devemos andar de mãos dadas”.

Sucessão

         Mas como a conversa é história, nada mais importante que questionarmos sobre o futuro do Memorial Palma, ou seja, sucessão, o que seu Nelson Espera após a sua partida.

         “Ter tem, mas o mundo é outro, e no Brasil irá acontecer um fenômeno a curto prazo, pois as culturas entraram em simbiose a tal modo que se casaram entre eles. Não irá existir mais Palmas, mas sim com sobrenomes diferentes, ou seja, a cultura original irá desaparecer por força de não existir mais. Hoje o italiano come comida alemã o japonês come churrasco e o polonês come massa. Será formado uma cultura de culturas, outro fator é todos falam português, ficando as línguas de origem esquecidas”.

No jornalismo

         Nesta sua caminhada como jornalista, visto que possui um jornal em Ilha Grande, Nelson destaca que a cultura italiana está sempre na pauta de suas publicações, palestras, perguntas e respostas. “Fui muito bem aceito em todos os lugares que estive, por duas razões, uma por ser brasileiro e andei por este mundo todo e outro por ser italiano, pois sempre tive boa aceitação”.

Gerações futuras e a IA

         Ao falar sobre as gerações futuras, Nelson acredita que as que virão precisam deixar de pensar somente no presente, pois tem que lembrar do ado e ver o final do túnel no futuro. “O jovem pensa somente no dia de hoje e isto me preocupa com relação ao ado. O mundo mudou, é outro. A comunicação está transformando o mundo, pois uma criança com celular é dona do mundo, e com o advento da inteligência artificial as mudanças serão muito grandes”, finaliza.

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