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Opinião 572567

O Sapateiro de Bruxelas e o Inferno Eleitoral m5e1j

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Alcides Mandelli Stumpf,
Por Alcides Mandelli Stumpf
Foto Rodrigo Finardi

O Sapateiro de Bruxelas em sua última live diz que com a proximidade das eleições – distantes ainda um ano –, sente-se atormentado por urticárias e pensamentos recorrentes que lhe trazem a mente a inefável imagem do diabo.

Desconfia que tal fenômeno psicossomático aconteça pelas figuras nada angelicais que geralmente se apresentam para as disputas eleitorais.

Segundo o belga - que é um entendido e arguto observado político, - felizmente para alguns poucos e infelizmente para a maioria - o cão usa de toda sua astúcia, experiência e força no período pré-eleitoral. Isso, em parte, justificaria a fixação diabólica reincidente do artífice.

No momento, como é facilmente observável todas as noites no noticiário global, o Satã atua em perfeita e afinada sintonia com a grande mídia. Sua meta é ludibriar os parvos e incautos com versões mentirosas e vãs de fatos, que sequer na eternidade serão confirmados. Tal intento visa tão somente manipular a parte ignara da massa e conduzi-la ao resultado eleitoral que lhes devolva as escusas regalias pretéritas.

Lembra o artesão, que desde a intervenção bíblica no Éden, o demônio vem apresentando promessas mirabolantes que resultam - uma a uma- em flagrantes desilusões para a humanidade

Eva, a mulher original, instigada pela maléfica serpente - legítima representante de Satanás no paraíso - cometeu o Pecado Original ao provar do fruto proibido da “árvore do conhecimento do bem e do mal”.

A partir desse ato impensado, cometido pela progenitora comum de todos os homens e mulheres, nós, seus filhos e descendentes, amos a comer o pão que o diabo amassou, com a póstera existência da morte, pragas e demais desgraças.

Lembra o velho sábio que estaríamos livres dessas e outas danações, se nossa raça houvesse persistido imaculada no jardim eterno.

Portanto -segundo o belga-, é simples deduzir e constatar que a humanidade inteira é vítima primordial da incontrolável curiosidade feminina associada a irresistível tentação pecaminosa.

Diz ainda, que da conjugação “curiosidade e tentação”, seria impossível resultar algo virtuoso ou promissor.

Após o rápido devaneio paradisíaco o mestre retorna ao tema do poder político terreno e constata que o modus operandi do capeta, deste os tempos imemoriais, continua o mesmo e funciona sob o manto da dissimulação, malandragem e persuasão.

Ao revisitar a História, o belga observa que Belzebu teve expressivo destaque na Europa, lá pelos idos da Idade Média, quando sua figura foi definitivamente incorporada às crenças e mitos das diversas seitas e religiões. Na época, os então chamados hereges, acusados de interagirem com o malvado, eram devidamente incinerados em fogueiras púbicas da Inquisição. Parecido com o que acontece agora com os que ousam discordar do “sistema”.

Interessante observar que naquele período a sociedade medieval convivia com uma verdadeiro miscelânea de entidades mágicas: anjos, demônios, fantasmas, plantas malignas, mortos vivos, santos, mártires e, naturalmente, bruxas que praticavam obscenidades com demônios animalescos. Assim se comprova que desde aquela época existiam performances sinistras, que sobreviviam mesmo sem subsídios. Ser safado e vagabundo ainda não era um direito a ser bancado pelo Estado.    

Com efeito, algumas coisas mudaram do medievo para hoje. Na idade das sombras - por bem ou mal - Lúcifer e seus asseclas jogavam as claras. De um modo ou outro, as vítimas do tinhoso eram os pecadores, devassos ou corruptos, como mostra Dante Alighieri na sua monumental obra, “A Divina Comédia”, do início do Século XXII.

De lá para cá muita coisa mudou – acreditem - para pior. Com o andar dos séculos e das carruagens, o canhoto foi se infiltrando em grupos, empresas, corporações e governos, até arrumar cátedras no tribunal dos homens. Adquiriu status e poderes para castigar a todos e a rodo de maneira parelha, ampla, geral e irrestrita. Exceto, é claro, a sua camarilha, que não anda nada mal de vida e segue impune e longe de praticar o bem.

Estabeleceu-se, assim, o que o bruxelense chama de Paradoxo do Castigo Divino, no qual quem sofre sob as iras celestiais ou infernais (tanto faz) não é mais o pecador convencional, o adúltero, o ladrãozinho pé de chinelo, ou mesmo aquele que deseja a mulher do próximo.

Hoje quem vive as piores agruras e expia os maiores pecados, é o cristão comum, pacato e trabalhador, justo e simplório pagador de impostos e carnês, chefe de família, manso e humilde de coração – de acordo com o termo sagrado e consagrado.

E para maior desconforto, faz-se necessário constar que o “sete-peles” vai muito bem no Brasil neste início de milênio. Talvez até melhor do que andava no início do milênio ado na velha Europa, período de seu apogeu até então, como visto acima.

Porém nada é comparável as evidentes lacrações e desmandos que as grandes redes de televisão impõem ao público nestes tempos de ensaios eleitorais turbinados pela Covid 19.

Ao finalizar, mesmo não sendo monge, celibatário ou candidato a cargo algum, o mestre deixa algumas indagações sobre as quais gostaria que a turma do cafezinho meditasse durante os tempos vindouros que antecedem o pleito de 2022.

Qual o perfil dos candidatos nos quais votamos na última eleição? O que esperamos de suas ações na vida pública? E o que eles andam fazendo na privada? (Por óbvio, aqui o artesão refere-se às atividades particulares de cada um deles).

Solicita ainda, o Sapateiro de Bruxelas, que, por favor, não respondamos agora. Deixemos a assertiva para o futuro, de cabeça fria.

Mas, por via das dúvidas, faz uma última recomendação em sua palestra via Web: na hora do voto eletrônico exija seu comprovante impresso e auditável. E antes de clicar o voto, não vacile: bata três vezes com os nós dos dedos na tábua e repita - xô satanás, xô satanás, xô satanás! 

 

 

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