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Opinião 572567

O exemplo de Paulo de Tarso 1a3y6d

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Divulgação
Por Marcos Leite
Foto Divulgação / Arquivo BD

A história política da humanidade é sempre marcada por ações e omissões, quase sempre violentas. Pilatos, então Governador da Judéia, declinou e ao lavar suas mãos, deixou Cristo à mercê dos sacerdotes judeus. Muitos anos depois, tivemos o genocídio de milhares de judeus, perseguidos por um falso cristão, Adolf Hitler. Mas que relação, fatos tão deslocados da História têm entre si? A violência.

A violência, infelizmente, faz parte da índole do ser humano. No sistema político, não raro, a força se faz necessária para “contenção de movimentos”. E esses mesmos “movimentos”, não raro, são frutos de uma liderança, que com discurso adesivo, busca inspiração maquiavélica para quebrar paradigmas.

E nesse contexto, especialmente depois da segunda grande guerra, ainda nos deparamos com lideranças resilientes. Alguns, ainda que envolvidos com movimentos violentos, acabaram por demonstrar que a violência não prospera. Para o primeiro exemplo, temos Nelson Mandela e, para o segundo, José Pepe Mujica.

 Líderes presos, torturados, apartados da história, conseguiram, diante de adversidades semelhantes às dos campos de concentração, com paciência, romper as barreiras e liderar com a voz, no lugar de armas. Assim também foi a vida de Paulo de Tarso que, de grande perseguidor dos cristãos, tornou-se apóstolo de Cristo.

José Mujica, quando integrou o movimento dos Tupamaros, naqueles tempos de romantismo juvenil, de movimentos socialistas, também esteve entre os violentos. Também aceitava que os fins justificavam os meios assim como aceitou o uso da violência, não como fim, mas como meio. Era visto como necessário para que o grupo tivesse como se manter.

Em seu tempo, Paulo de Tarso entendia que ao perseguir e matar os seguidores de Cristo, estaria agindo em nome de Deus, até que Jesus, milagrosamente aparece e o questiona: Porquê me persegues?

E mesmo depois de tanto tempo, os movimentos políticos e religiosos continuam operando sem abrir mão da ideia de que os fins justificam os meios. Nos anos 60, Eichmann, outro Adolf nazista, exilado secretamente na Argentina foi capturado pelo serviço secreto de Israel, que para poder levá-lo a julgamento, em seu território, também precisou agir com ferramentas não convencionais.

Diante desses debates, onde o tempo acaba dando novos contornos e novas razões, o que se percebe é que não há solução adequada quando imposta violentamente. A captura de Adolf Eichmann pelos judeus pode causar certa confusão entre os critérios de justiça e de vingança. No caso de José Mujica, preso por longos 12 anos, de nada adiantou aqueles que o queriam longe do poder. Solto em 1985 (e nem faz tanto tempo assim), acabou sendo eleito presidente do Uruguai em 2010. Nelson Mandela, ficou preso por mais tempo e, libertado em 1990, acabou eleito em 1994.

Diante desses ícones políticos da história mundial, que iniciaram suas carreiras através de movimentos de resistência e subversão, o que pensar sobre a história e o futuro do Brasil? Nesta esteira, se um marqueteiro conseguir equiparar o velho sapo barbudo, como dizia Leonel Brizola a um perseguido político, estaremos diante de uma obra maquiavélica ou de uma aparente semelhança?

O fato é que, de todas essas figuras, tendem a prosperar as que seguem o exemplo de Paulo de Tarso, que de perseguidor, a a ser perseguido. E a moral é uma só: o bem sempre vence o mal. Mas não adianta parecer iluminado, não baste ser corajoso ou simplesmente atuar, é preciso buscar a iluminação, é preciso ter luz. Sair da escuridão já é um bom começo e um tanto quanto perigoso, se o ego for maior que a obra.

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