A psicóloga, Jéssica Haiduck, de Benjamin Constant do Sul, afirma que neste momento de pandemia é importante falar sobre os cuidados com as crianças.
Segundo Jéssica se ouve muito, ultimamente, que lugar de criança é na escola, que elas estão ficando doentes em casa, e que a escola é o lugar mais seguro para elas, entre outras afirmações. “Então, pais, mães e responsáveis, em função desses comentários resolvi conversar um pouquinho com vocês sobre este assunto. Todas as crianças precisam de um lugar seguro, de cuidado, carinho, precisam brincar, correr e muito mais! Algo está errado se a criança está ficando doente ou deprimida em casa”, observa.
Conforme a psicóloga, a casa deve ser o espaço de referência da criança, porque é no seio familiar que a criança aprende a ser educada, ouvir e obedecer, ter responsabilidades, mesmo que seja com seu brinquedo ou com seu chinelo. É em casas, por exemplo, que a criança aprende a se alimentar, se higienizar, falar, andar, conquistar a sua autoestima. “É no ambiente familiar que a criança deve aprender o significado do amor, a amar e a ser amada. É em casa que ela ouve as melhores histórias, aprende as melhores brincadeiras, dá as melhores gargalhadas, anda de bicicleta, cai e aprende a levantar”, explica.
No entanto, a psicóloga comenta que lugar de criança é, também, na escola. “Sim! Na escola ela vai aprender a socializar com os amigos, vai frequentar a biblioteca, brincar no intervalo, mas em primeiro lugar, vai receber a educação científica e formal, ou seja, a criança vai aprender conteúdos, algumas lições e tarefas”, observa.
E, acrescenta, na escola “o aluno é transitório, ele está apenas de agem, e em casa os filhos são eternos”.
Jéssica comenta que sabe da realidade de muitos pais que precisam trabalhar fora, ou que tem diversos afazeres no dia a dia, e, no entanto, já se está em um ano de pandemia. “Um ano sem aulas presenciais para os nossos pequenos. Mas a mensagem que quero deixar aqui é que, mesmo que as aulas retornem, nas próximas semanas, você pai, mãe, pegue seu filho e conte uma história, olhem juntos o álbum de fotos da família relembrando bons momentos, faça um cinema em casa, brinque de carrinho, faça uma cabana, brinque de boneca, jogue com seu filho, role no chão, mas, principalmente, de atenção”, comenta.
A psicólogo ressalta que logo ali adiante a pandemia vai acabar e tudo voltará ao normal, e se poderá seguir as vidas com mais tranquilidade. “Enquanto este momento não chega, vamos fazer o possível para tornar nossos dias mais leves, nosso convívio familiar mais harmonioso, mais feliz, e que estes momentos estejam cada vez mais presentes na rotina diária. Com carinho, um abraço a todos”, disse.