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"Municípios não estão conseguindo fazer investimentos para se desenvolver", diz prefeito 5c5m5x

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Prefeito de Entre Rios
Por Igor Dalla Rosa Müller
Foto Divulgação

O município de Entre Rios do Sul tem hoje em torno de 3080 habitantes, 2600 eleitores, a economia tem como principal fonte de renda o retorno de Icms pela geração de energia e um orçamento anual de R$ 17 milhões. Nessa entrevista ao Jornal Bom Dia, o prefeito de Entre Rios do Sul, Jairo Paulo Leyter, fala sofre a sua gestão, dificuldades, investimentos, projetos futuros, infraestrutura, turismo, educação e saúde. E, sentencia, nos últimos anos os municípios estão perdendo a capacidade de investimento.    

Bom Dia: Faça uma avaliação da situação atual?  

Jairo Paulo Leyter: Nos últimos dos anos, com a manutenção das máquinas da usina, houve a diminuição do retorno do Icms, e consequentemente, dos recursos. Para ter uma ideia estamos trabalhando com um orçamento de 2015 no ano de 2017 e 2018. Isso afetou o município de diversas maneiras.  Saímos de um orçamento de R$ 20,5 milhões para R$ 17 milhões. Essa queda fez com que Entre Rios do Sul não conseguisse fazer os avanços necessários. A partir de 2019, o retorno de Icms vai voltara normalidade, em 2020 vamos ter o retorno do Icms completo, podendo ser até maior do que R$ 20 milhões, porque realizamos várias ações no município.

O município diversificando a sua produção investindo na agricultura, indústria e comércio?

Estamos finalizando uma área com a implantação de aviários no município. São em torno de 10 aviários que vão gerar mais de 1 milhão de quilos de frango a cada 45 dias. Isso nos dá um retorno muito bom de Icms. Também atraímos uma empresa que faz facas, bombas de chimarrão, gerando 12 empregos, vai chegar a 15 no início do ano, também com bom faturamento. Investimos no comércio local, conseguimos dar o barracão para uma empresa de confecções, que está gerando 16 novos empregos no munícipio. Construímos outro barracão de 900 metros quadrados onde uma empresa local vai colocar uma filial e disponibilizar 15 novos empregos para a cidade. 

Qual é a principal dificuldade com relação à infraestrutura?

Nós estamos dentro dos 11 municípios que não têm pelo menos uma ligação asfáltica, e isso gera muitas dificuldades. Imagino que os novos governos, que estão assumindo, consigam fazer esse asfalto, que é a nossa principal reivindicação. Temos muitas belezas naturais e acredito que Entre Rios do Sul só irá se desenvolver através do turismo.

O município já tem atividade turística e se tivesse asfalto seria maior?

Com certeza. Seríamos uma referência regional em turismo. 

O turismo é importante para Entre Rios do Sul? 

A economia também é gerada por meio do turismo. Estamos com um estudo completo para perfuração de um poço de água termal. Há possibilidade de nós fazermos isso, e assim, agregar mais uma atração turística junto com o lago da barragem e buscar ser uma referência regional em turismo.

Quais são os eventos que acontecem no lago da barragem?

Temos oito eventos no ano e três deles são esportes náuticos, como a motonáutica realizada todos os anos no segundo final de semana de dezembro. Esse ano houve a final do campeonato gaúcho de motonáutica. Stand up é um esporte que está crescendo bastante, mas que nesse ano não conseguimos fazer por causa de recursos. Para o próximo ano estamos pensando em fazer uma abertura da temporada no parque náutico. E isso vai agregando valores.

Como está a saúde pública? 

Hoje, tenho certeza que a nossa saúde é uma das melhores do Rio Grande do Sul. Tem um posto de saúde com atendimento 24 horas, convênio com dois hospitais regionais o Santa Terezinha e o hospital de Nonoai. Chegamos atender mais de 15 mil consultas durante o ano de 2018; fazer três mil atendimentos em fisioterapia; quase mil consultas com psicólogos; seis mil consultas em dentistas; mais de 10 mil procedimentos realizados pelas técnicas; fazer 126 cirurgias; mais de 12 mil exames de laboratório e especializados. Fornecemos em torno de 720 mil comprimidos em todas as áreas. Hoje, estamos zerando a fila de catarata e pessoas com varizes. Tudo isso pago pela prefeitura. Temos um ginecologista atendendo, dois médicos 40 horas e o Programa Mais Médicos com um profissional que já está atendendo no município 32 horas semanais. Então, temos quatro médicos atendendo no município. Ao longo desse ano foram investidos mais de R$ 4 milhões na área da saúde. 

E a educação?

Desde 2015, quando era vice-prefeito conseguimos uma escola pelo programa FNDE, que foi concluída no final de 2017. Estamos centralizando toda a educação do município num local só. Ainda temos um colégio no interior, mas que, futuramente, o próximo prefeito que assumir vai ter que centralizar. Terminamos a escola que está em funcionamento. Continuamos com o sistema Positivo de ensino, que é um dos melhores do Brasil com um custo de quase R$150 mil ao ano. O mesmo sistema que tem a URI e o Barão do Rio Branco, mas em que o aluno paga. Em Entre Rios do Sul o ensino é municipal e gratuito. E, além disso, damos o transporte e o uniforme para os estudantes. O município está bem situado em educação. 

Faltam recursos para investimentos?

O município perdeu o poder de investimento para desenvolver a cidade. Com esse orçamento de hoje e as demandas cada vez aumentando mais, governos não reando o que deveriam rear para os municípios, geram muitas dificuldades, que a gente sente no dia a dia. No nosso caso, sobram em torno de 5% do orçamento para fazer investimentos. Os outros 95% são para custear a máquina. Temos 240 matrículas trabalhando dentro da prefeitura, alguns com 20 horas. A carga tributária é muito grande e não é fácil de enxugar. Desde o primeiro momento que assumimos, cortamos mais de 30 CCs (cargos de comissão), diminuímos para seis secretarias, de nove, para sobrar alguma coisa para investir. Hoje, todos os municípios estão com essa dificuldade, não estão conseguindo fazer investimentos para desenvolver o município. Com uma arrecadação melhor já teríamos perfurado nosso poço de água termal, teria o parque quase pronto. E falando em turismo estamos situados num lugar bom, perto de Chapecó, o Fundo, Erechim, e todas as cidades menores em volta. Há um grande potencial turístico no município e temos que aproveitar. 

Mas caímos de novo na infraestrutura?

Com certeza. Isso a pela infraestrutura do asfalto, pelo menos uma ligação, que não depende do município. Precisamos ter uma estrutura melhor dentro da cidade, qualificar as pessoas para receber o turista, enfim, precisam investimentos. 

Qual é a expectativa para 2019?

Vejo com bons olhos os próximos governos que estão entrando. O Brasil tende a caminhar num sentido de não concentrar tanto poder em Brasília, distribuir mais aos municípios. O Rio Grande do Sul com mais dificuldades. Mas acredito que os próximos governos vão olhar mais para os municípios, do que os atuais que estão saindo. Vejo 2019 com bons olhos.

 

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