Aumento reado pela Petrobrás vale para os botijões de uso industrial
O Gás Liquefeito de Petróleo (GLP) está mais caro. O aumento foi anunciado na quinta-feira (3) pela Petrobrás e está em vigor desde sexta-feira (4) nas companhias de Erechim. Este é o segundo reajuste em menos de dois meses. Em setembro, o produto já havia sido reajustado em 25%. Desta vez, o aumento reado varia de 2,5% a 5% para a linha industrial, ou seja, as embalagens P20 (gás para empilhadeira) e P45, que abastecem principalmente indústrias e condomínios residenciais.
Em Erechim, o valor foi reado às companhias ainda pela manhã. Em uma delas o aumento é de 3,8% o que, conforme a proprietária, Rosane Moura, significa cerca de R$ 6,00 a mais para o botijão P45 e RS 3,00 a mais para o P20. "Vai ser complicado rear aumento ao consumidor mais uma vez. Temos trabalhado quase sem margem de lucro, pois apenas reamos o valor que chega das distribuidoras", afirma.
Ela salienta ainda que entre os mais afetados com o reajuste estão os proprietários de estabelecimentos como restaurantes e padarias. "Ficamos preocupados, porque sabemos o impacto que isso causará nos gastos, pois há reajustes de várias ordens e é normal que o cliente reclame com tantos aumentos", pontua.
Mais gastos
O proprietário de um restaurante de Erechim, Marcelo José da Silva, lamenta o reajuste, que impactará em mais gastos a partir deste mês. Antes do aumento, ele desembolsava pouco mais de R$ 1,8 mil mensais com os sete botijões que adquire para cozinhar os alimentos. Com o novo valor, ele já estima que gastará pelo menos R$ 50,00 a mais com o produto. "Tudo tem sido reajustado, desde o combustível até o gás, o que para nós significa mais gastos. Entretanto, não conseguimos rear estes aumentos para o nosso consumidor final, o que inviabiliza o nosso lucro cada vez mais", lamenta.
Em uma padaria, o impacto do aumento chegará aos produtos finais, principalmente ao pão francês. "Infelizmente, o consumidor vai sofrer também com o reajuste. Não é economicamente viável para uma empresa segurar os preços de seus produtos quando toda a matéria prima vem sofrendo reajustes", pontua. No caso do gás, ele afirma que desembolsa aproximadamente R$ 2 mil mensais com a compra do produto e agora precisará desembolsar um valor maior. "Mexe com todo o nosso orçamento e precisamos encontrar alternativas", pontua.
Por meio de nota, o Sindicato das empresas distribuidoras de GLP (Sindigás), afirma que botijões de 13 quilos não terão alteração nos preços. Destaca ainda que "os preços são livres em todos os elos da cadeia e o mercado tem autonomia para fixá-los e, neste sentido, o Sindigás "orienta o consumidor a pesquisar o preço final. Em caso de dúvidas, as distribuidoras dispõem de telefones, por meio dos quais orientam seus consumidores", afirma nota da entidade.
O sindicato afirma ainda que "o GLP para embalagens de mais de 13 quilos (45 quilos ou mais) foi aumentado em dezembro de 2014 em aproximadamente 18%, e teve novo aumento de 12% no dia 25 de setembro de 2015. Para o botijão de até 13 quilos, houve aumento em 1º de setembro de 2015. Desde agosto de 2002, não havia aumento para o gás envasado nessas embalagens".