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“O processo democrático é o único que funciona” 2y3w40

Dando continuidade a série de entrevistas com os prefeitos da região, o Jornal Bom Dia traz nesta reportagem o prefeito de Aratiba Guilherme Granzotto

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Guilherme Granzotto
Por Ígor Dalla Rosa Müller
Foto TV Bom Dia

Jornal Bom Dia: Avaliação sobre a sua gestão? 

Guilherme Granzotto: A nossa gestão tem o compromisso de fazer investimentos em saúde e agricultura. Como a base de nossa produção é o pequeno agricultor, estamos estimulando no município a agroecologia.  

Como fazer isso?

Aratiba tem um grande projeto de internet com fibra ótica, são 100 quilômetros no interior. Isso irá encurtar as distâncias. O que tem de mais moderno nessa tecnologia tem no interior do município. Já está sendo implantado em 39 distritos do município, e após, em todas as casas do interior. É a primeira cidade do país que está integrando todas as comunidades rurais com fibra ótica, com telefone fixo, televisão e vídeo monitoramento. Um estímulo para manter o jovem no campo e fazer as transformações na base produtiva, segurando o jovem e modernizando a atividade.

Como vê a agricultura hoje?  

A tendência é poucos produtores com grande produção. Aratiba tinha há 20 anos 600 produtores de suínos, hoje tem 95. Havia 800 produtores de leite, hoje tem 255. Tinha 75 aviários e hoje tem 33. A produção não diminuiu ela concentrou. Nosso grande projeto oportuniza a produção de alimentos orgânicos. É um processo longo, os resultados não acontecem de uma hora para outra. É uma visão de futuro para incentivar a nossa agricultura familiar.

Importância da gestão pública?

O poder público tem o dever de enxergar, observar o ado, estar firme no presente e projetar o futuro. O poder público tem que perceber as tendências para fazer projetos de médio e longo prazo.

Isso a por uma redefinição dos valores da política?

Hoje, o órgão público tem um poder muito grande se ele é feito no coletivo. Individualmente perde muito, porque as pessoas não crescem. O interesse púbico não tem a sua eficácia no particular. Pensando no coletivo tem grandes armas para elaborar as políticas públicas. E se olhar só para o presente não consegue fazer política pública.

Como está a questão dos royalties da barragem?

Aratiba tem uma receita grande se comparar com outros municípios, mas não é uma receita consolidada, pode terminar. A concessão termina em 2030, tem 12 anos ainda. A partir daí só tem manutenção e operação, continua gerando energia, mas a ser do governo. Hoje o município tem uma receita de cerca de R$45milhões, vai para R$25 milhões. Só a folha do município está em R$21 milhões. Nesses 17 anos, a gente não conseguiu fazer os investimentos necessários para que no momento que cair a arrecadação esses investimentos retornem como receita para compensar a perda da barragem.

Que seria o quê?

Investir em logística, asfaltar a RS 420 de Aratiba até Itá (SC) é uma solução muito importante, já que é a menor distância do RS para o Paraná e integraria um grande nicho de mercado de Xaxim, Xanxerê, Seara, Ipumirim Xavantina, Arabutã, São Lourenco do Oeste. A exportação para o Porto de Rio Grande aria por aqui. Interligando também o turismo. Hoje, faltam 17 quilômetros, são 20 km no total.

Hoje um dos problemas da região é a logística?

É a logística, sem dúvida. Temos 11 municípios sem o asfáltico. Isso é um problema muito grave para desenvolver a região. É indigno para o nosso povo um município não ter o asfáltico.

O Alto Uruguai não deveria se mobilizar para isso?

Por tudo que estudei com projeto na URI vejo a RS 420 muito importante para Erechim e a região Alto Uruguai.

Qual seria a estratégia para combater a crise e retomar o desenvolvimento regional?

Investir em agroecologia, no asfaltamento da RS 420 e no turismo na região. Hoje em Itá (SC) am oito mil pessoas por mês. Eles têm o maior índice de retorno, pessoas que visitam a cidade e voltam. Estão carentes de novos eios e aí poderíamos integrar toda a região. Acredito que temos um potencial muito grande no turismo, mas tem que ser um trabalho conjunto.  Nosso povo tem que ser um pouco mais aberto, é muito trabalhador, inteligente, honesto, mas tem que se abrir um pouco mais para o novo, aceitar as pessoas, conversar.

E na questão da segurança pública?

Em Aratiba vamos fazer um cercamento eletrônico com câmeras, a fibra ótica vai proporcionar isso.

Quanto aos investimentos públicos?

A região é a que menos recebeu investimentos do governo federal e do governo do estado. Nunca vi um governador perder votos por não ter feito asfalto. Eles estão de sangue doce. Estamos brigando entre nós e assumindo um culpa que não é nossa. Na política regional, o que está faltando é essa união, fazer com que o governador se comprometa com a região. A sociedade tem que se engajar e estar de olho nos investimentos. Não estou criticando a, b ou c, temos 180 mil votos na região e não é possível que tenha 11 municípios sem asfalto.

Essa liderança deveria partir do líder público, o representante público não teria um papel importante nisso?

O político nos representa, mas não nos substitui. O cidadão tem que acompanhar e cobrar. A nossa região tem que ter essa compreensão.

Como vê esse momento da crise política brasileira?

Nada substitui a democracia e nada substitui o voto. A Justiça está sendo protagonista do processo, ela não tem voto e isso é muito grave. Tem que agir com seriedade, força, mas não pode coordenar o processo de tudo que tem que se fazer. O eleitor escolheu alguém que o representa. Hoje o político é ruim até que prove que é bom. O interessante que fosse o contrário. A política é muito importante e pode ser transformadora, mas tem que ter credibilidade. Quem é eleito tem que terminar o mandato. O processo democrático é o único que funciona, imprensa livre, democracia forte, tem que ter claro isso.

Como retomar a credibilidade na política?

Tem que ter politização, mas não partidária. Esse é o caminho. Educação, discutir os temas importantes, claramente, na universidade, escola. A política e a educação têm que ser mais transformadora. Isso vai formar mais líderes, mais pessoas pensantes e resgatar a credibilidade. A honestidade é uma coisa necessária, para sobrevivência, precisamos entender o coletivo. Sem credibilidade e honestidade não tem como fazer política, ela não se sustenta ao longo do tempo. Uma hora a casa vai cair.

O que não pode faltar num político?

Honestidade e humildade. Ele tem que ter visão do coletivo e de futuro. Entender que o dinheiro público é para melhorar a vida e o bem-estar das pessoas. Entender que as pessoas têm que ser protagonistas, tem que ter chance e o crescimento precisa ser sustentável. O gestor público precisa buscar informações para embasar muito bem as decisões.

Vocação do alto Uruguai?

É necessário investir na vocação da cidade ou região. Compreender, junto com a universidade as nossas vocações e incrementá-las. Aratiba já está fazendo isso na questão da agroecologia. Aí vamos crescer.

Como avalia as eleições desse ano?

O cidadão tem que se informar e votar. Ver o que o candidato fala, o que prega o partido e se encaixa com o eleitor, dentro da sua realidade, qual político tem as ideias que defendam ele, esse é um baita critério para escolher seu voto.

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