21°C
Erechim,RS
Previsão completa
0°C
Erechim,RS
Previsão completa

Leia a edição impressa 3t273c

Publicidade 6s594i

País 55612

Em 20 anos, subsidiárias da Eletrobras acumulam prejuízos de R$ 22 bilhões 3o6q3

O edital da venda está publicado, mas obstáculos no Congresso e no Judiciário, a poucas semanas do leilão, podem adiar novamente os planos

teste
Eletrobras
Por Anne Warth/Estadão Conteúdo
Foto Divulgação

As seis distribuidoras da Eletrobras que o governo espera privatizar no dia 26 de julho acumularam um prejuízo de R$ 22,3 bilhões desde 1997, quando a União assumiu essas empresas, temporariamente, com a intenção de vendê-las para a iniciativa privada. Vinte anos depois, o edital da venda está publicado, mas obstáculos no Congresso e no Judiciário, a poucas semanas do leilão, podem adiar novamente os planos. 

Na semana ada, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski retirou a distribuidora de Alagoas (Ceal) da disputa até que Estado e governo federal se entendam sobre um ressarcimento que o governo estadual diz ter direito de receber.

No Congresso, ainda é preciso votar o projeto de lei que resolve pendências das distribuidoras do Norte, principalmente a Amazonas Energia. O projeto é essencial para que não haja aumento bilionário nas dívidas da empresa.

Distribuição nunca foi uma atividade da Eletrobras, mas acabou "sobrando" para a companhia há 20 anos, quando o governo federal renegociou e assumiu as dívidas dos Estados. Em troca, pelo acordo, os Estados deveriam privatizar suas distribuidoras. 

Foi um negócio bem-sucedido para vários deles, caso de São Paulo, Rio e Espírito Santo. A operação deu origem a companhias como Eletropaulo, FL, Light e Escelsa.

As distribuidoras que ficaram com a Eletrobras foram as que não puderam ser vendidas. Desde o início, a federalização das empresas era para ser uma situação temporária. 

O plano era que a Eletrobras promovesse melhorias nas empresas para que fosse possível privatizá-las em seguida. Os leilões da Ceal, de Alagoas, e da Cepisa, do Piauí, em 1998 e 2000, fracassaram por falta de interessados. 

Perdas

Mesmo fora das mãos dos Estados, as distribuidoras continuaram sob forte influência de políticos e tiveram cargos loteados entre partidos por muitos anos. Segundo cálculos do BNDES, em 20 anos, as distribuidoras consumiram R$ 22,3 bilhões. 

Como 60% das ações da Eletrobras pertencem à União, esse dinheiro veio, em última instância, dos impostos de todos os brasileiros.

Em 2016, os acionistas da Eletrobras decidiram, em assembleia, não renovar as concessões das distribuidoras. Desde então, a Eletrobras atua como uma prestadora temporária de serviços para manter o atendimento nesses Estados. 

O combinado foi que a companhia não utilizaria mais recursos próprios para tocar as distribuidoras. Por isso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou reajustes superiores a 10% nas tarifas dos consumidores atendidos pelas empresas. 

Além disso, em quase dois anos, elas consumiram cerca de R$ 4,5 bilhões em empréstimos subsidiados. Cada mês em que permanecem nessa situação e não são vendidas, são mais R$ 202 milhões. 

Com patrimônio líquido negativo (dívidas muito maiores do que sua infraestrutura), as distribuidoras serão vendidas por R$ 50 mil, um valor simbólico. 

Os trabalhadores das companhias, um contingente de mais de seis mil pessoas, temem perder os empregos quando houver troca de controle acionário. O salário médio pago pelas distribuidoras é de R$ 11,7 mil, quase o triplo da média das empresas privadas do setor. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

Leia também 3l63

  • STF valida norma que dispensa publicação de atos de sociedades anônimas em diário oficial 1pf3i

  • Redução do ICMS e enchentes pautam reunião dos Progressistas 6w2m70

  • Como Anne Frank transforma a vida de jovens no Brasil f6s37

    Em meio às celebrações de 95 anos de Anne Frank, Instituto Plataforma Brasil destaca projeto educativo lançado a partir do legado da jovem e seu potencial para combater preconceitos e trabalhar o empoderamento juvenil

Publicidade 6s594i

Publicidade 6s594i

Blog dos Colunistas e664z

  • Pente Fino

    Rodrigo Finardi 5eh4r

    “Desenvolvimento econômico não necessariamente representa desenvolvimento social”

  • Dennis Allan 6c5g62

    Ainda

  • Lindanir Canelo 8405g

    Casaco de Lã

  • Neivo Zago s3626

    Enquanto e como; por conta, e por causa...

  • Diocese 2z5x2x

    “Partilhai com mansidão a esperança que está nos vossos corações” (cf 1 Pd 3,15-16)

  • Marcos Vinicius Simon Leite 5g2q45

    Fundamentalismo: o inseticida da humanidade

  • Jaime Folle 5a5p6k

    O bom humor: uma força transformadora

  • Gilberto Jasper 1v64e

    Túnel do tempo