O Ministério do Esporte lançou nesta quinta-feira (28.01) em São Paulo, o Sistema Brasileiro de Classificação de Estádios (Sisbrace), que propõe a melhoria contínua das arenas de futebol em termos de conforto, segurança, ibilidade e condições sanitárias e de higiene. Durante dois anos de trabalho de campo, foram vistoriados 155 estádios em 129 cidades, de norte a sul do país. A nova etapa do Sisbrace, que deve ter início em 2016, irá classificar outros 140 locais.
Aos equipamentos esportivos foram atribuídas “bolas”, que podem variar de uma a cinco, dependendo das condições de cada local. No entanto, o objetivo não é estabelecer um ranking ou comparar as arenas, já que cada uma delas tem a sua peculiaridade.
A validade da classificação inicial é de três anos. Uma nova avaliação pode ser solicitada pelos gestores dos estádios antes do término do período, a fim de que seja verificado o atendimento às exigências e sempre que o responsável pelo estádio entender que melhorias e adequações realizadas justificam o pedido.
Metodologia
A metodologia de classificação adotada no Sisbrace tem fundamento no Estatuto de Defesa do Torcedor e na regulamentação do seu Artigo 23 (feita pelo Decreto 6.795/ 2009), que trata sobre as condições de segurança dos estádios. O Sistema cria a concepção de estádio como um espaço de manifestações de cultura e lazer e será instrumento importante na identificação de não conformidades.
Os requisitos de classificação se ajustam às demandas legais e aos critérios previamente estabelecidos, sempre com o objetivo de proporcionar o bem estar do torcedor. Estes requisitos foram divididos em Mandatórios (M), aqueles fundamentados nas normas, e Eletivos (E), aqueles que acrescentam qualidade aos estádios.
Os itens estabelecidos abrangem áreas de classificação, caracterizadas em cinco níveis, em que ‘cinco’ bolas representam a melhor classificação e ‘uma’ bola representa o estádio em condições mais desfavoráveis quanto aos requisitos avaliados.
» Áreas de classificação:
Segurança: inclui os aspectos de engenharia relativos ao sistema estrutural, de coberturas, de instalações sanitárias e elétricas, equipamentos e máquinas em geral, além de segurança pública e prevenção de incêndio e pânico;
Conforto e ibilidade: trata aspectos como conforto térmico, acústico, de iluminação e serviços, infraestrutura e visual, além de itens como orientação espacial, comunicação, deslocamento e utilização do espaço e dos seus os no que diz respeito às pessoas com deficiência (PCD), pessoas com mobilidade reduzida (PMR), obesos e idosos. São todos os itens que envolvem a circulação externa e interna do público, o ao estacionamento, rotas íveis, áreas de permanência, instalações sanitárias e condições de ibilidade ao campo.
Vigilância Sanitária: avalia os serviços de alimentação, infraestrutura das instalações sanitárias e de saúde, de acordo com as normas vigentes.
Estádio Colosso da Lagoa
O Estádio Colosso da Lagoa recebeu a avaliação de “duas bolas”, neste sistema. No total, 11 estádios do Rio Grande do Sul foram avaliados. Com a referência de “duas bolas” além do Colosso da Lagoa em Erechim, estão Bento Freita, Boca do Lobo em Pelotas e o das Castanheiras em Farroupilha.
Acima do Colosso da Lagoa, com “três bolas”, estão Complexo Esportivo da Ulbra em Canoas o Estádio do Vale em Novo Hamburgo, Montanha dos Vinhedos em Bento Gonçalves, Alfredo Jaconi e o Centenário em Caxias do Sul.
Não houveram estádio “quatro bolas” no Rio Grande do Sul, e com "cinco bolas" estão a Arena do Grêmio e o Beira Rio, ambos em Porto Alegre.