Presidente do Sinduscon Erechim disse que o polo moveleiro da região é pequeno e apenas uma indústria é exportadora
O saldo das exportações gaúchas de móveis é negativo no acumulado do ano, até o mês de setembro. A retração chega a -14,6%, no comparativo com o mesmo período de 2014. Alguns dos tradicionais compradores do mobiliário fabricado no Rio Grande do Sul vêm diminuindo o volume das importações no decorrer do ano: o Panamá registra queda de 21,6%, seguido pelo Uruguai, com negócios 13,5% menores e pelo Chile (-11%).
Os indicadores mostram, também, recuperação nas vendas para a Argentina: de janeiro a setembro a alta foi de 24,6%, embora as exportações para esse país correspondam a apenas 4,6% do total. O presidente do Sindicato da Indústria da Construção e do Mobiliário (Sinduscon Erechim), Gilmar José Cavaletti, disse que o polo moveleiro da região é bastante reduzido.
Explica que até onde tem conhecimento, apenas a indústria que dirige a Cavaletti S/A Cadeiras Profissionais, exporta produtos no ramo de móveis. “O que vínhamos exportando se manteve,” frisa. Segundo ele, a empresa criou recentemente um departamento específico para cuidar dos trâmites referentes à comercialização de produtos para fora do país. Através dele, foi possível ampliar os negócios, que antes eram realizados somente com o Paraguai e, que agora, incluem também vendas para a Bolívia.
O Rio Grande do Sul responde, atualmente, por 29,69% das exportações de móveis brasileiros, atrás de Santa Catarina, cuja participação é de 34,61%. Na contramão dos resultados desfavoráveis, o estado vizinho registra crescimento de 2,5% nas exportações realizadas em 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior.