A reportagem do Jornal Bom Dia identificou oscilação de 21% no preço do pão francês vendido em Erechim
Ele está presente no café da manhã, nos lanches, na janta e muitas vezes, até mesmo no almoço. Em sanduíche, torrada, pão com manteiga, com margarina, nata, doce de leite ou simplesmente como acompanhamento. Enfim, as opções são muitas, mas nenhuma delas dispensa o pão. O pão francês faz parte da lista de produtos que está presente na mesa dos brasileiros. Mas será que o preço está ível ao orçamento familiar?
O Jornal Bom Dia foi às ruas e fez um levantamento em padarias na área central da cidade. O objetivo foi auxiliar o consumidor a economizar apenas pesquisando os preços nas panificadoras e supermercados. Os valores do quilo variam de R$ 7,40 até R$ 9,40. Mas o preço se manteve um valor intermediário nesse tipo de comércio, entre R$ 8,90 e R$ 9. Apesar da proximidade entre um estabelecimento e outro, o valor pago no quilo do pão varia em até R$ 2. Uma diferença de 21% no orçamento familiar que pode fazer toda a diferença no final do mês.
Para a população o valor do produto não é nada animador. A auxiliar istrativa, Silvia Maria, 48, afirma que o aumento pode parecer pequeno, mas “no final do mês faz toda a diferença no orçamento familiar” e causa desiquilíbrio nas contas. Já para a doméstica, Anete Dalapria, 50, um aumento não seria novidade, “já que tudo tem aumentado nos últimos meses, menos o salário”.
Reajuste de preço
Segundo a gerente de uma panificadora no centro de Erechim, a elevação da matéria prima foi reada pelos fornecedores, mas o estabelecimento ainda não anunciou o reajuste ao consumidor: “Com o aumento do dólar, é bem provável que tenhamos que rear em pouco tempo o aumento para nossos clientes”, explica a gerente que acredita em uma alta no próximo mês. “Assim não fica ruim para nós e nem para o consumidor”, ressalta o empresário de outra panificadora que mantém o pão sem acréscimo.
Ele acredita que a maior influência vem da alta no dólar, já que o Brasil importa o trigo do Canadá e Argentina: “Nossa safra de trigo esse ano não foi boa e consequentemente precisamos importar o principal insumo para a fabricação do produto”, destaca.
Dicas para economizar
A economista Rubiele Tartas, explica que pelo fato de se comprar o produto em uma quantidade para consumo diário, o preço parece insignificante, mas quando somado o gasto tido com pão no fim do mês nota-se que o valor é alto. “Geralmente, as pessoas preferem comprar na padaria da esquina de casa devido à comodidade, mas essa comodidade pode sair muito mais cara. Em mercados maiores, por terem produção em quantidade, consegue-se preços mais baratos em produtos de fabricação própria. Por isso, às vezes vale a pena deixar de lado um pouco a comodidade e pesquisar em mais de um mercado, ainda mais em tempos em que a economia enfrenta dificuldades, qualquer valor que pode ser economizado se torna importante”, finaliza.
De acordo com a economista, o principal fator que pode influenciar no preço do pão é a inflação de produtos que são usados na produção, como a farinha de trigo e a luz. “A energia tem apresentado grandes variações no seu preço, por isso se nota fortes aumentos em produtos industrializados que dependem de luz para sua produção”, pontua.