Mudanças na Ceia do Senhor 2b642v
Desde o primeiro século, os seguidores de Jesus têm lembrado o seu sacrifício na cruz na celebração da Ceia do Senhor. Basta visitar algumas igrejas ou pesquisar sobre suas práticas para perceber grandes divergências sobre a Ceia.
Há diferenças sobre a frequência da celebração. Alguns grupos religiosos oferecem oportunidade diárias. Outras igrejas participam da prática anualmente. Entre esses dois extremos, há comunidades que celebram a Ceia em outros intervalos: trimestral, mensal ou semanalmente. Algumas insistem em fazer somente no domingo enquanto outras celebram em qualquer dia da semana.
Há divergências sobre os elementos consumidos na Ceia. Algumas comunidades permitem que os comungantes participam apenas do pão (hóstia), enquanto outras dizem que todos devem participar de dois elementos: pão e cálice. Ainda outras ensinam que ninguém tem direito de comer ou beber. Mesmo entre os grupos que participam ativamente dessa celebração, há discordância sobre o tipo de pão, alguns insistindo em usar pão asmo (feito sem fermento), e outros dizendo que qualquer pão serve.
Outras diferenças surgiram ao longo dos séculos, mas esses exemplos servem para ilustrar a confusão atual. Muitos defendem as mudanças, elevando as tradições humanas acima do ensinamento do Novo Testamento. Para todos que buscam andar no caminho traçado pelo Senhor, porém, é importante examinar as Escrituras para entender o padrão bíblico.
Jesus introduziu dois elementos na Ceia: pão sem fermento para representar o corpo dele e o cálice (produto da uva) para representar seu sangue (Mateus 26:26-28). Décadas depois, Paulo ensinou os cristãos a se reunirem para celebrar a Ceia com os mesmos elementos (1 Coríntios 11:23-26,33).
Quanto à frequência, descobrimos em Atos 20:7 que os cristãos se reuniam no primeiro dia da semana para tomar a Ceia, fato verificado em fontes históricas (há várias citações aqui: https://apologistascatolicos.com.br/sabado-e-domingo-na-igreja-primitiva/, consultado em 05/05/25).
As divergências continuarão, pois brotam de atitudes diferentes sobre as Escrituras e os costumes religiosos criados nos últimos 2.000 anos. Aqueles que exaltam tradições humanas acima da Palavra defenderão suas diversas práticas. Aqueles que valorizam os ensinamentos de Jesus e seus apóstolos acima dessas tradições procurarão compreender e seguir os exemplos dos primeiros cristãos (João 14:15; 1 Coríntios 4:16; 11:1).